25 anos da CF Ford: Evolução para a democracia
“Antes a briga era pelo controle de ir ao banheiro. Hoje negociamos reestruturação, produção, PLR, investimento e emprego”. A frase do presidente do Sindicato José Lopez Feijóo, na festa dos 25 anos da Comissão de Fábrica na Ford, ilustra a evolução da ação sindical no percurso da categoria para a organização no local de trabalho.
A Comissão dos Trabalhadores na Ford foi a primeira conquistada pela categoria e a evolução da organização dos metalúrgicos do ABC deu o tom do ato político da festa, que lotou a Sede do Sindicato na noite de sexta-feira.
“A Comissão não surgiu em 1981, mas antes. Nasceu da consciência dos trabalhador em colocar os sindicatos nos locais de trabalho”, frisou o presidente da CUT, Artur Henrique. “Da sede do sindicato não se acompanha a evolução do mundo do trabalho. É necessário ele estar lá, no chão de fábrica”, disse Artur.
O deputado Vicentinho lembrou que uma das críticas que os trabalhadores enfrentaram na época, era de que a comissão administraria o capitalismo. “Se todo o movimento sindical tivesse compreendido a importância da organização de base, não estaríamos discutindo isso no Congresso Nacional”, rebateu ele, ao lembrar da proposta de reforma sindical que está parada.
O secretário-geral do Sindicato, Rafael Marques, trabalhador na Ford, lembrou um dos aspectos que considera dos mais importantes nos 25 anos da Comissão: a luta pelo emprego e o acordo que vai garantir a produção de um novo carro.
Na festa também foi aberta uma exposição de fotos que continua na Sede e apresentado o vídeo dos 25 anos. A produção do vídeo, em fase de finalização, foi custeada pelos próprios trabalhadores na Ford. Eles receberão uma cópia em DVD.