Alguns desafios: Ano que vem tem mais

O acordo para a produção do novo carro na Ford tem um valor importante para a região e especialmente para a nossa categoria. Emprego, produção e renda são alguns dos eixos que norteiam a nossa luta. E são eles que continuaremos a perseguir no ano que vem.

Um dos grandes embates de 2006 será a renovação do acordo de garantia de emprego para os trabalhadores na Volks. Todos sabem da repercussão de um acordo destes para o ABC e para a categoria. Portanto é uma luta de todos os metalúrgicos, estratégica para o plano de desenvolvimento regional que a categoria aprovou no 5º Congresso.

O ano que vem também será determinante para aproveitar o ambiente econômico favorável e reapresentar nossas propostas para o setor automotivo, como o plano de sete metas, e as propostas dos metalúrgicos nos vários fóruns de desenvolvimento da região, entre eles o pólo de autopeças e os arranjos produtivos locais.

Ampliar os direitos sociais

Além da luta por emprego e renda, a Agenda dos Trabalhadores apresentada pela CUT ao Congresso Nacional e depois na 2ª Marcha a Brasília recolocou os interesses e as principais bandeiras dos trabalhadores na agenda política.

Uma parte de nossas atenções em 2006 deve ser voltada para que o Congresso vote projetos como a redução da jornada de trabalho, de valorização do salário mínimo, correção da tabela do IR, a reforma sindical, de regulamentação das terceirizações etc.

Na Agenda consta ainda projetos de interesse social como o ampliação de recursos no orçamento para programas sociais, reforma agrária e educação.

Prosseguir a transformação do Brasil

O principal embate no ano que vem são as eleições. Estaremos diante de dois projetos. Um é o nosso, dos trabalhadores, encarnado no governo Lula. As conquistas do povo brasileiro, especialmente dos mais pobres, são consideráveis nos últimos três anos. Os números da pesquisa do IBGE mostrando a redução da miséria são o exemplo mais forte das transformações pelas quais o Brasil passa.

Do outro lado, estão os mesmos de sempre, as forças mais reacionárias que sempre trataram o Brasil como um negócio particular.

A onda neoliberal nos anos 90 ampilou a recessão, empobreceu o Brasil, entregou o patrimônio aos especuladores, jogou o trabalhador no desemprego e multiplicou a dívida do País várias vezes, deixando uma herança maldita.

O embate acontecerá também aqui no Estado, na renovação da Assembléia Legislativa, e no Congresso Nacional.