Elvi, Exata-Master, TM Bevo, Labortub e Mark Grundfus paradas
Trabalhadores pressionam as empresas do Grupo 9 para que pressionem os sindicatos patronais. Já o acordo com as montadoras vale por dois anos.
Trabalhadores em cinco empresas do Grupo 9 realizaram ontem ato de protesto para exigir aumento real de salário da mesma forma que os companheiros das montadoras, autopeças e fundição.
A manifestação começou às 6h e reuniu o pessoal na Elvi, Exata-Master, TM Bevo, Labortub e Mark Grundfus, em São Bernardo.
O objetivo do ato foi fazer as empresas pressionarem o grupo patronal para a assinatura de acordo de campanha salarial com reposição total da inflação e mais aumento real.
O diretor do Sindicato, José Paulo Nogueira, o Zé Paulo, disse que tem empresa disposta a fazer acordo semelhante aos já assinados. “Mas nós queremos acordo para todo o grupo e não individuais”, avisou.
Em votação que não teve voto contrário, os trabalhadores de quatro empresas decidiram ir para casa logo depois da assembléia, interrompendo a produção durante todo o dia.
Já o pessoal na Mark Grundfus retornou ao trabalho depois que o patrão assumiu compromisso de pressionar o grupo 9 para assinar o acordo atendendo as nossas reivindicações.
Zé Paulo avisou que as paradas da produção vão acontecer diariamente. “Parar a produção é a melhor forma de pressão”, avisou ele.
Fábricas paradas em Sorocaba e em Taubaté
Os protestos por acordo coletivo com o Grupo 9 seguem firmes também no interior.
Em Sorocaba, pararam os mil trabalhadores na Bardella e Metso. Em Taubaté, foram os cerca de 220 companheiros na Comal e Kinametal, que prestam serviço na Ford.
A paralisação na Bardella, fabricante de máquinas, começou às 7h e se estendeu durante todo o dia de ontem. Já na Metso o protesto durou das 6h às 10h.
Nas duas fábricas de Taubaté a parada foi de uma hora pela manhã, tempo suficiente para afetar a produção de motores da Ford e forçar a empresa a pagar o que deve.