São Bernardo: Irresponsabilidade ameaça empregos
O Ministério Público Estadual (MP) move processo contra a Prefeitura de São Bernardo e construtoras Galati, Recade, Engequip e E.E. Engenharia por prejuízos causados aos moradores dos conjuntos San Giacomo e San Genaro, localizados ao lado da Ford.
Os moradores alegam problemas de saúde e rachaduras nos apartamentos, causados pelo ruído e vibração da estamparia da Ford.
No processo, o MP afirma que as construtoras não poderiam ter construído os prédios por ali ser uma área industrial; a Prefeitura por ter aprovado a obra e concedido o Habite-se; e a Ford por causa do ruído e vibração.
A Justiça concedeu uma limi-nar que determina a realocação dos moradores que quiserem sair do lugar, o bloqueio dos bens dos responsáveis pelas construtoras e a paralisação do trabalho noturno no prédio 4 da estamparia da montadora entre 22h e 6h a partir de 22 de agosto. Tanto a Ford como as construtoras recorreram da liminar, mas o processo está parado por causa da greve do judiciário.
Área industrial
O terreno é aquele na esquina das avenidas Taboão e 31 de Março. O conjunto residencial está encravado entre a Ford, a Metal Leve, um armazém da Edag e o centro de distribuição do Supermercado Big.
Quando conjunto foi lançado e antes do início das obras, há quatro anos, a Ford corretamente tentou embargá-la, demonstrando que o terreno fica em área industrial. Ela teve o apoio do Sindicato.
Em acordo com a Prefeitura, as construtoras se comprometeram instalar sistemas para a redução de ruídos e vibração. Porém, entregaram a obra com 360 apartamentos sem eles e sem que a Prefeitura exigisse o cumprimento do acordo.