Montadoras: Juros paralisam produção no País
Os juros altos praticados pelo governo e o spread (taxa adicional) cobrado pelos bancos sobre esses mesmos juros derrubaram a venda de veículos no Brasil. Como as montadoras também pouco fazem para diminuir seus preços, aconteceu o que todos esperavam. Isto é, uma onda de férias coletivas e licenças. O Sindicato prepara dois novos programas para buscar a ampliação da produção.
Ontem, a Ford anunciou que paralisa a produção na fábrica de São Bernardo por cerca de uma semana no fim deste mês. Em julho, a empresa deve interromper novamente a produção. Ela não revelou quantos trabalhadores ficarão parados nem que sistema adotará (coletivas, licença ou algum outro).
A General Motors que já havia anunciado férias de dez dias em São Caetano para o final de junho e o início de julho, avisou que também vai suspender parte da produção em São José dos Campos.
A Volkswagen/Audi, no Paraná, disse que interromperá a produção por dez dias a partir de 30 de junho e 2,5 mil metalúrgicos não trabalharão. Os motivos, no entanto, seriam diferentes: adaptar a linha de montagem para o início da produção do Tupi. Em São Bernardo, até o momento a montadora diz que não vai interromper a fabricação de veículos.
A Renault, no Paraná, pára por dez dias. A Fiat, em Betim, e a Peugeot/Citroen, no Rio de Janeiro, reduziram a semana de serviço para quatro dias; e a Honda, em Sumaré (SP), interromperá a produção por 15 dias. Mas, segundo alega, para realizar ajuste técnico.