Greve na Ifer chega hoje ao quarto dia

A prática anti-sindical
da Ifer, de Diadema, começou
a atingir também o
conjunto dos trabalhadores,
que ontem foram ameaçados,
por telefone, por representantes
da fábrica. A
pressão é para o retorno ao
trabalho.

Os companheiros entram
hoje no quarto dia de
paralisação em defesa do
CSE. Os trabalhadores pedem
a reintegração dos representantes
Celso e Chicão,
demitidos arbitrariamente
no início do ano.

Além da pressão, a empresa
tenta transformar um
conflito trabalhista em caso
de polícia. Um coronel da
PM de Diadema foi à empresa
ontem conversar com
diretores do Sindicato e com
os patrões. O coronel intimou
os sindicalistas a suspender
o acampamento dos
membros do CSE e garantiu
que hoje vai liberar as portas
da fábrica.

Sem enfrentamento –
“Os patrões acham que
a polícia vai garantir a entrada,
mas estão enganados.
Mesmo com aparato policial,
estamos aqui para o que
precisar, o que for necessário”,
disse Davi Carvalho,
diretor do Sindicato.

Davi frisa que a intenção
do Sindicato não é o
enfrentamento. “Não é isso
que queremos. A polícia tem
de cuidar do patrimônio e
da segurança pública e não
interferir em conflitos trabalhistas”.

O sindicalista lembra
ainda que os trabalhadores
estão tranquilos no apoio
ao movimento em defesa da
representação sindical, mas
que também contam com
a ajuda de diversos companheiros
de outras fábricas
para o que precisar.