Itaesbra faz acordo alternativo de ponto eletrônico

Como Sindicato previu, dispositivo não é necessário onde organização no local de trabalho é forte. CSE na empresa também aprovou outros acordos


Dirigentes do Sindicato, representantes do CSE e da diretoria da fábrica assinam acordo. Fotos: Rossana Lana / SMABC

A Itaesbra, de Diadema, assinou nesta quinta-feira (1º/3) com o Sindicato acordo de ponto eletrônico alternativo ao estabelecido pelo Ministério do Trabalho.

A empresa chegou a implantar o modelo oficial, com relógios que emitem extratos em papel sempre que o aparelho é usado. Mas a confusão que causou com a demora na emissão do comprovante, longas filas na hora de saída e a manutenção dos relógios fizeram a Itaesbra procurar o CSE e negociar um acordo que “desinstalasse” o ponto eletrônico.

“Os trabalhadores reclamaram muito da mudança na forma de marcar o ponto. Isso facilitou a negociação com a empresa”, disse Francisco Dijlama Leite, o Dotô, coordenador do CSE na fábrica.

“Tudo se passou como alertamos que ia acontecer”, afirmou o presidente do Sindicato, Sérgio Nobre. “Esse novo dispositivo não é necessário nas empresas que possuem organização no local de trabalho”, completou.

A Itaesbra só conseguiu mudar o ponto eletrônico depois que o Sindicato pressionou o Ministério para que a mudança fosse autorizada. Agora é possível adotar-se sistemas alternativos de controle de ponto, fortalecendo os acordos no local de trabalho.

O acordo também mostra que o espaço para negociação é permanente na fábrica. “Estamos sempre dispostos a negociar com o Sindicato, mantendo um canal de diálogo com o CSE”, destacou o coordenador do RH na Itaesbra, Antônio Roberto.


Trabalhadores aprovam PLR

PLR e Trabalho e Cidadania
Além do ponto eletrônico alternativo, a Itaesbra também oficializou o acordo para que os trabalhadores na empresa em São Bernardo participem do programa do programa Trabalho e Cidadania.

Outra conquista foi o bom reajuste na PLR deste ano, que já foi aprovada e será paga em abril e em outubro, e a troca do cartão de alimentação por outro com acesso a mais opções de compras.

“Foi a primeira vez que nós reunimos os trabalhadores em uma plenária para discutir a PLR antes de negociar com a empresa”, relembrou Antonio Claudiano da Silva, o Da Lua, coordenador de área da Regional Diadema.

Da Redação