Paralisação na Magneti Marelli recebe solidariedade da categoria e de outros sindicatos

Trabalhadores estão paralisados até segunda-feira (24)


Fotos: Rossana Lana / SMABC

Trabalhadores em várias fábricas da categoria e de outros sindicatos mostraram solidariedade ao movimento para evitar o fechamento da Magneti Marelli, em São Bernardo, durante assembleia realizada na porta da fábrica nesta sexta-feira (21).

No fim do ato, foi aprovada também a disposição de luta até esgotar todas as possibilidades contra o fechamento e a busca de alternativas que mantenham a Magneti Marelli em São Bernardo, além da paralisação da produção até segunda-feira (24).

Durante a semana, federações de sindicatos metalúrgicos nos Estados Unidos, Espanha e Itália, enviaram mensagens de apoio à mobilização dos companheiros.

“A luta dos metalúrgicos daqui é de toda a categoria e da sociedade. O fechamento de uma fábrica é motivo de preocupação para toda a Região”, disse Wagner Santana, o Wagnão, secretário geral do Sindicato.


Membros do comitê sindical na empresa

As dificuldades da empresa começaram há cerca de oito anos, quando ela direcionou todas as vendas do seu único produto – camisa de motores – para o mercado de exportação, apostando na alta do dólar.

Mas a valorização do real e a crise econômica lá fora deixaram a empresa sem clientes, o que fez as encomendas desabarem e ela chegar agora sem nenhum pedido a partir de janeiro de 2012.

“O Sindicato avisou a direção da empresa que sua escolha foi errada, mas ela não quis ouvir. E agora quer jogar a responsabilidade nas costas dos trabalhadores. Isso precisa ser cobrado”, afirmou Carlos Alberto Gonçalves, o Krica, diretor do Sindicato e membro do CSE na fábrica.

Ele alertou que é hora de todos os trabalhadores se unirem na mobilização e não dar ouvidos a qualquer tentativa por parte da fábrica que possa dividir a luta.

“Nesse momento, o melhor pacote que o trabalhador pode ter é manter o seu emprego”, disse. “E é importante que a Magneti faça um gesto no sentido de querer manter a produção aqui”, completou.

Da Redação