Voltamos às ruas pelas 40 horas
Milhares de metalúrgicos na Autometal, Metaltork, Dana Forjados, Affinia, Melling e TRW reuniram-se ontem em Diadema para defender a redução da jornada de trabalho sem redução de salário. Durante o ato, o presidente do Sindicato, Sérgio Nobre, revelou que negocia com o governo federal a isenção de Imposto de Renda sobre a PLR.
Ato reúne milhares em defesa das 40 horas
Se a montadora Vitória Aparecida Damião, trabalhadora na Autometal, em Diadema, tivesse quatro horas a mais disponíveis na semana, ela gastaria esse tempo para dar mais atenção à sua mãe.
Esse sentimento foi um dos que embalou milhares de trabalhadores na manhã de ontem no ato pela redução da jornada de trabalho para 40 horas semanais.
A manifestação começou com assembleia dos trabalhadores no primeiro turno na Mercedes-Benz e prosseguiu em frente a TRW, reunindo companheiros e companheiras na Autometal, Metaltork, Dana Forjados, Affinia, Melling e as representações da maioria dos Comitês Sindicais da base, sindicalistas de outras categorias e dirigentes da CUT.
Imposto de Renda
“A bandeira das 40 horas tem de ganhar mesmo as ruas e ser de toda a sociedade. Temos de aproveitar o ano eleitoral para pressionar os parlamentares”, resumiu Carlos Grana, presidente da Confederação Nacional dos Metalúrgicos da CUT.
“Nada é fácil para os trabalhadores. Não pensem que apenas com esse ato vamos conseguir a votação. A mobilização permanente é necessária”, sugeriu Sérgio Nobre, presidente do nosso Sindicato.
Ele encerrou o ato avisando que vai incluir na pauta dos metalúrgicos a luta pela isenção do Imposto de Renda sobre a PLR.
“Estamos conversando com o governo e levaremos esta foto da votação ao ministro da Fazenda Guido Mantega para mostrar o desejo de vocês. Se o empresário não paga Imposto de Renda sobre o lucro, é justo que os trabalhadores também não paguem”, finalizou.