Eles são mais Sindicato

Trabalhadores na Mercedes-Benz inauguram o Programa Trabalho e Cidadania com animação e com nova visão sobre o Sindicato.

Programa de formação começa com empolgação

Companheiros e companheiras na Mercedes-Benz estrearam ontem o programa Trabalho e Cidadania organizado pelo Sindicato e tiveram o dia inteiro dedicado à sua formação.
A aula inaugural foi na sede da Federação Estadual e Confederação Nacional dos Metalúrgicos (FEM e CNM) da CUT e já existem mais 120 trabalhadores na montadora inscritos. Na Ford, outra empresa que aderiu ao Programa, as inscrições ainda estão sendo fechadas.
“O mundo mudou. O sindicato, as empresas e o Estado mudaram ao longo dos últimos 30 anos. E o trabalhador, mais jovem, não conhece essa evolução”, disse Sérgio Nobre, presidente do Sindicato, para falar da necessidade do dia de formação.
A liberação dos trabalhadores na base para ter um dia livre, pago pela empresa, foi uma das principais conquistas da Campanha Salarial do ano passado.
Informação – Quase 20 mil trabalhadores da indústria automobilística do ABC têm menos de 24 anos de idade.
“Isso quer dizer que a maioria nasceu no fim dos anos 1970, justamente quando ocorreram as grandes greves e transpareceram com mais intensidade os conflitos do Sindicato com as empresas e o Estado.
Agora a situação é completamente diferente das últimas três décadas”, comentou Walter Souza, membro do Comitê Sindical na Mercedes e coordenador do curso. “Queremos apresentar-lhes como transitamos e evoluímos em todo esse processo”, finalizou.


Primeiro contato

“É meu primeiro contato com o Sindicato. Estou adorando. Tem muita gente que critica, mas na hora de participar se recusa. Tô curtindo muito conhecer as lutas e tudo o mais”. Bruna Levitzchi Natal, montadora


Defendo a entidade

“Este curso é uma oportunidade única. Tenho colegas que detestam o Sindicato, que não é como pensam. Saio daqui com mais argumentos para debater com quem criticar a entidade”. Álvaro Michelin, técnico de fabricação de protótipos


Participa, mensalista!

“Espero que o curso se estenda a outros trabalhadores porque o mensalista pouco vai às assembleias. Às vezes as pessoas não cobram por não conhecerem seus direitos”. Claudio Anerão, analista financeiro


É fantástico

“É a primeira vez que sou convidado para uma atividade como esta. É fantástico. Levarei o que ouvi para os companheiros porque estão muito curiosos para saber o que houve aqui hoje”.
José de Souza Silva Filho, o Fofão, montagem de chassis de ônibus


Visão real

“Espero que outras pessoas também tenham uma visão mais real do funcionamento do Sindicato. Quem não conhece, pensa que as coisas acontecem do nada, que as negociações são fáceis”.
Antonio Carlos Gomes da Silva, operador de dinamômetro


Contato rico
“Vim para escutar, participar desse momento rico pelo contato com os trabalhadores. Não que esse contato não exista na fábrica, mas aqui são os trabalhadores que dão o ritmo e não a produção” Marcelo Lima de Almeida, cipeiro, operador de dinamômetro