1.300 Contratações na Mercedes – Benz

Ação do Sindicato e medidas do governo federal para enfrentar a crise fizeram crescer a produção de caminhões e permitiram contratações.


Mercedes efetiva 510 e contrata 800

A Mercedes-Benz vai contratar cerca de 1.300 trabalhadores para dar conta da produção de caminhões, que voltou a subir depois de várias medidas reivindicadas pelo Sindicato e adotadas pelo governo federal nos últimos meses para enfrentar a crise econômica mundial.

Nesse total, estão a efetivação de 160 garotos e garotas formados pelo Senai nos dois últimos semestres e no final deste ano, e outros 350 companheiros que estavam contratados por tempo determinado. Outros 800 trabalhadores entrarão na fábrica por prazo determinado a partir de outubro.


Jogo vencido
“Fiquei sabendo da notícia agora de manhã. Parece que ganhamos o jogo no segundo tempo da prorrogação”, comemorou o operador de produção Antonio Wellington dos Santos, o Marreta, que chegou a temer o desemprego.

Ele conta que logo depois do carnaval deste ano, devido à queda na produção, os temporários foram avisados para ficar em casa até o final do contrato, em junho, recebendo o salário normalmente. O montador José Luiz Santini, o Careca, encontrava-se nessa situação. “Minha mulher estava grávida e eu fazia as contas para saber se o parto seria coberto ou não pelo plano de saúde. Além disso, não sabia onde trabalhar depois de vencer o contrato”, comentou.

Alívio
“Ninguém acreditava que estava tanto tempo em casa e recebendo normalmente. Cheguei a passar por mentiroso”, comentou o montador Edmilson Santos Cardoso.

A incerteza de continuar trabalhando ou não na montadora terminou ontem, quando a Comissão de Fábrica realizou assembleias nas áreas para avisar das contratações.

Durante o tempo em casa, Careca ajudou a mulher na gravidez até o nascimento de Mariana, que hoje está com quatro meses. Já a montadora Juciara Marques aproveitou para cuidar do pai doente. Os solteiros, mesmo morando com os pais, temiam ficar sem dinheiro para pagar a faculdade. A montadora Natali Maranconi, e o operador de empilhadeira Fernando Alves ouviam as histórias dos outros temporários e concluíam que eles estavam numa situação melhor. “É meu último ano de Administração e estou mais tranquila, mesmo porque agora terei contrato por tempo indeterminado”, disse Natali. Fernando também comemora: “Agora, só vou sair daqui aposentado”.