Semana decisiva!

Os metalúrgicos do ABC reafirmaram em assembléia na última sexta-feira, o calendário da campanha. A categoria quer votar propostas de acordo no próximo sábado, quando haverá nova assembléia.

Caso não haja acordo, vamos preparar a luta. Veja um panorama das negociações setor por setor e lembre-se: é campanha salarial não faça hora-extra.

Tem nova assembléia no sábado às 10h

A campanha salarial entrou na reta final e a semana é decisiva. Na assembléia da última sexta-feira a categoria decidiu intensificar a mobilização nas fábricas para pressionar as negociações que vão ocorrer esta semana.

“Ou temos propostas para debater e votar, ou a assembléia aprovará um plano de lutas para a semana que vem”, afirmou o presidente do Sindicato José Lopez Feijóo, ao finalizar a assembléia de sexta-feira.

Hoje tem ato conjunto de companheiros de fábricas de Diadema em vários grupos patronais.

O mesmo foi feito  na sexta-feira pelo pessoal na Otis e Makita, em São Bernardo.

Nesta sexta-feira é dia de reunião de mobilização, às 18h, na Sede, para preparar a assembléia decisiva no sábado, às 10h, também na Sede. Toda a categoria está convocada.

Não é hora de hora-extra

Reclamação unânime na assembléia de sexta-feira foi o alto ritmo das horas-extras em muitas fábricas.

Apesar da produção em alta exigir mais horas trabalhadas, companheiros apontaram que muitas empresas podem fazer estoques para enfrentar um eventual período de paralisação. “Hora-extra atrapalha as negociações e vai contra a força de nossa mobilização”, salientou Teonílio Monteiro, o Barba, diretor do Sindicato.

Ele lembrou que não fazer hora extra nesse período de campanha foi uma das determinações da assembléia que abriu a campanha salarial.

“É bom também a gente ficar de olho no controle que temos nas montadoras e autopeças para ver se os limites já não estão estourando”, avisou Barba.

Como estão as negociações

Montadoras – a mobilização entra nesta semana especialmente nas áreas mensalistas por causa da imposição do teto salarial para reajuste.

A proposta inicial prevê reajuste limitado a um teto de R$ 5 mil, menor que o do ano passado (R$ 6 mil). As negociações continuam hoje, quinta e sexta-feira.

Sindipeças (Grupo 5) – na última sexta-feira o setor afirmou que pretende prorrogar as negociações até setembro e anunciou que não tem condição de oferecer nada em termos econômicos. Segundo o presidente da Federação Estadual dos Metalúrgicos da CUT (FEM-CUT), Adi dos Santos Lima, o Sindipeças quer também negociações permanentes sobre as cláusulas sociais. “A impressão é que querem mexer de novo na garantia de estabilidade ao trabalhador acidentado ou portador de doença profissional”, deduziu Adi. Esta semana tem mais duas rodadas de negociação.

Grupo 9 – dirigentes da FEM-CUT tentavam ontem à tarde reabrir as negociações. Isto porque, os patrões não deram mais sinal de vida depois de terem oferecido os 6% de reajuste. Caso a resposta fosse negativa, a FEM-CUT entregaria o aviso de greve.

Fundição – sem proposta. Tem nova rodada de negociação hoje e sexta-feira.

Grupo 10 – Nem a nossa pauta respondeu. É o único grupo que se nega a mudar a data-base para setembro. Se não houver resposta, a FEM-CUT planeja uma campanha “especial” no grupo.