Otis, Makita e Selmec pararam

Trabalhadores de mais três empresas realizaram ontem assembléias de protesto exigindo uma proposta decente para fazer o acordo da campanha salarial.

Em São Bernardo, os companheiros na Otis e na Makita, empresas do G. 9, pararam a produção até às 10h.

Durante o protesto, o presidente do Sindicato, José Lopez Feijóo, criticou o comportamento dos patrões do G. 9, que demoraram para negociar e agora retardam a apresentação de uma proposta.

Para Feijóo, a manobra patronal objetiva manter a data-base em novembro, e não setembro com já foi conquistado junto às montadoras e autopeças.

“O último prazo para apresentar proposta é na negociação de amanhã. Caso contrário, vamos endurecer nossas ações a partir da assembléia de sexta-feira”, avisou Feijóo.

Em Diadema, o protesto de ontem foi realizado pelos trabalhadores na Selmec, também do G. 9.

O diretor do Sindicato José Mourão disse que os trabalhadores devem permanecer mobilizados até que os patrões apresentem uma proposta decente de acordo.

“É a nossa luta que vai garantir melhores salários”, disse ele, lembrando que todos devem participar da assembléia de sexta-feira.

Caso não seja aprovado acordo, os companheiros na Selmec já decidiram realizar greve a partir de segunda-feira.

Acordo com G.5 tem teto
O reajuste de 9,57% conquistados pelos companheiros das empresas do G. 5 (autopeças, parafusos e forjarias) deve ser aplicado até o teto de R$ 2,9 mil, salvo condições mais favoráveis em cada empresa. Aos salários maiores que o teto será acrescido um valor fixo de R$ 277,53.

Os pisos passam para R$ 495,00 nas empresas com até 100 funcionários e para R$ 657,80 nas empresas com mais de 100 trabalhadores.