Mais duas fábricas cruzam os braços a tarde por bom acordo

Ao todo foram cerca de 4 mil metalúrgicos de nove fábricas da base que realizaram atos públicos nesta quarta-feira

Raquel Camargo

Trabalhadores na Polistampo pararam das 16h às 18h

Os trabalhadores em mais duas empresas realizaram atos de protesto, na tarde desta quarta-feira (16), contra a postura das bancadas patronais que se recusam a fazer proposta de acordo com os anseios da categoria.

Em Diadema, o pessoal na Polistampo garantiu a mobilização por um bom acordo no final da campanha. Outros companheiros que se dispuseram para a luta, foram os na Sachs, em São Bernardo.

“A companheirada deixou claro que quer um acordo decente, senão eles vão cruzar os braços por tempo indeterminado”, disse Juarez Barros, o Buda, diretor do Sindicato.

Com mais estas duas empresas, ao todo foram cerca de 4 mil metalúrgicos de nove fábricas da base que realizaram atos públicos nesta quarta.

“Os trabalhadores estão com muita disposição de luta e assumiram o compromisso de participar em peso da assembleia decisiva”, comentou Moisés Selerges, coordenador de base de São Bernardo.

Braços cruzados

“Eles não abrem mão do aumento real”, afirmou Nelsi Rodrigues da Silva, o Morcegão, coordenador de Ribeirão Pires. O dirigente comentou que os trabalhadores estão bastante animados. “Se necessário, estão dispostos a lutar”, avisou.

David de Carvalho, coordenador de Diadema, disse que a produção de sexta-feira nas empresas vai depender do resultado da assembleia desta quinta-feira, que acontece na rua do Sindicato às 18h. “Pode ser que os trabalhadores tenham um final de semana prolongado, de três dias”, concluiu.

Grupos patronais não fazem proposta

Os patrões continuam sem apresentar proposta que contemple as expectativas dos metalúrgicos.

A única reunião programada para quinta é com o Grupo 2 para negociar as cláusulas sociais e econômicas. Só aconteceram três negociações com esse grupo e até agora não houve nenhuma proposta com aumento real.

No Grupo 3, os trabalhadores rejeitaram nesta semana proposta de 0,8% de aumento real. O grupo patronal marcou para uma reunião entre eles para decidirem se apresentam ou não uma outra proposta.

Na Fundição, as negociações definiram as cláusulas sociais, mas não houve avanço nas cláusulas econômicas. Os representantes dos trabalhadores fizeram uma proposta de índice, mas não tiveram retorno.

No Grupo 8, a proposta patronal foi de reposição da inflação, sem aumento real, já rejeitada pelos trabalhadores. Os patrões têm reunião marcada para e existe a possibilidade de que façam uma proposta até a hora da assembleia.

Da Redação