Mobilização da Campanha Salarial começa pela Scania e Proxyon

Outras assembleias serão realizadas nas empresas da base nos próximos dois meses, tempo estimado para a conclusão das negociações

Raquel Camargo

“O clima criado nas empresas reflete na mesa de negociação”, afirmou Sérgio Nobre, na Scania

Em assembleia de Campanha Salarial realizadas nas portarias da Scania e da Proxyon, em São Bernardo, o presidente do Sindicato, Sérgio Nobre, alertou que só a mobilização da categoria pode garantir um bom acordo.

“Não tenham dúvida. As negociações serão difíceis, pois nenhum patrão gosta de dividir a riqueza que nós produzimos para ele”, advertiu.

Sérgio Nobre lembrou que a pressão no chão de fábrica e nos escritórios é decisiva. “O clima criado nas empresas reflete na mesa de negociação”, afirmou o dirigente.

Por isso, outras assembleias de mobilização serão realizadas nas empresas da base nos próximos dois meses, tempo estimado para a conclusão das negociações.

As pautas já foram entregues aos grupos patronais e o calendário de negociação está sendo definido.

Unidade na luta
Além das cláusulas econômicas, a categoria reivindica a extensão da licença maternidade de 180 dias para toda as metalúrgicas do ABC.

“Um de nossos desafios é colocar na convenção coletiva a licença de 180 dias, fazendo avançar as conquistas voltadas às mulheres”, disse Simone Vieira, do Coletivo de Gênero do Sindicato.

O presidente da Federação Estadual dos Metalúrgicos (FEM) da CUT, Valmir Marques, o Biro Biro, adiantou que a bancada dos trabalhadores negociará unda.

“Vamos uniformizar o discurso e fortalecer o debate a partir do nosso ponto de vista como forma de avançar nas conquistas”, afirmou.

A FEM-CUT tem 12 sindicatos filiados, que representam 250 mil metalúrgicos no Estado de São Paulo.

Carla Barbosa

Companheiros denunciaram a rotatividade na Proxyon

Contra a rotatividade
Na assembleia realizada na Proxyon, os trabalhadores denunciaram a rotatividade que vem ocorrendo na empresa como forma de reduzir os gastos da empresa com a folha de pagamento. A companheirada pediu um basta nessa situação.

Para Moisés Selerges, coordenador de base em São Bernardo, somente a união e luta dos trabalhadores vão colocar um fim à rotatividade. 

“Outro caminho é a elevação do piso da categoria, uma das cláusulas da nossa campanha salarial”, concluiu.