Curso História da África encerra ano com entrega certificado

Na manhã do último sábado, a Co­missão de Igualdade Racial do Sindicato comemorou a conclusão do segundo ano do curso História da África com a entrega de certificados a participantes das aulas. O evento aconteceu na Sede e teve a apresentação da bateria show da Superliga, grupo de samba Nosso Dialeto e voz e violão de Marcelo, do Solano Trindade.

Participaram da atividade o presi­dente do Sindicato, Rafael Marques; a secretária da Mulher da FEM-CUT e CSE na Apis Delta, Andrea Ferreira de Souza, a Nega; a secretária estadual de Combate à Discriminação Racial da CUT, Rosana Aparecida da Silva; e o aluno do CEU Vila Curuçá, Gustavo Gomes da Silva Santos.

“Mais de 170 pessoas acompanharam os oito módulos do curso em, pelo menos, 32 horas de aulas”, afirmou o coordenador da Comissão de Igual­dade Racial do Sindicato, José Laelson de Oliveira, o Leo Superliga.

“A nossa luta é para formar não só os trabalhadores na base como toda a sociedade. Por isso, intensificamos ações que exijam ainda mais educação, saúde e segurança principalmente à classe trabalhadora e à população ne­gra”, afirmou Leo. “Estes participantes acabam se tornando multiplicadores destas informações”, prosseguiu.

O dirigente lembrou que o curso previsto na Lei 10.639 é oferecido uma vez ao mês no Centro de Formação Celso Daniel. Em 2015, o tema cotas norteará as aulas, que também serão ministradas em outro dia da semana, ainda a definir pela Comissão.

“A superação demonstrada pelos alunos cotistas, por exemplo, é consi­derada espetacular por especialistas e será estudada por quem participar”, disse o presidente do Sindicato, Rafael Marques. “Eles rompem barreiras como preconceito, a discriminação e o histó­rico de ensino precário, mostrando que esse mito do mérito e capacidade é ape­nas isso, um mito, sem qualquer base científica que se justifique”, continuou o presidente.

A Comissão debateu em 2014 temas que desmistificaram desde a ideia de que os negros são acomodados até que são vitoriosos apenas em artes e esportes.

“Discutimos também as deficiências da saúde à população negra, trouxemos à tona a invisibilidade dos inventores e cientistas negros na sociedade moder­na, formas de combate ao racismo, a herança africana e muito mais”, voltou a destacar Leo.

“O aprendizado e a troca de informa­ções renderam debates calorosos, cheios de garra e coragem para prosseguirmos a mobilização pelos direitos da popula­ção negra”, concluiu.

Quem não pode comparecer na entrega do certificado, pode solicitar o seu na secretaria da Comissão de Igualdade Racial pelo fone 4128-4282, falar com Lúcia.

Da Redação