Brasileiros querem manutenção do Enem. Mídia e barões da educação, não!

Pesquisa Vox Populi mostra que 67% dos entrevistados dizem que exame é uma boa maneira de selecionar alunos para as universidades

É o que revela pesquisa Vox Populi encomendada pelo portaliG sobre o que os brasileiros consideram prioritário na definição das políticas que serão aplicadas pela futura presidenta. Mesmo após a polêmica relativa a problemas na impressão de provas neste ano, o Enem ainda é considerado uma boa forma de se selecionar alunos para universidades por 67% dos entrevistados. Outros 13% discordam dessa forma de avaliação.

Quando questionados se o exame seria apenas uma boa forma para se avaliar a qualidade do ensino médio, mas que não deveria ser usado para dar acesso às universidades, 40% dos entrevistados dizem concordar com a afirmação – enquanto 36% se opõem a essa ideia. Apenas 16% dos entrevistados dizem concordar que, devido aos problemas de organização, o Enem deveria deixar de existir – a ideia é rechaçada por 58% dos brasileiros.

O apoio à manutenção do exame como porta de entrada para universidades acontece mesmo após 83% das pessoas terem declarado, na pesquisa, que conheciam os problemas recentes na aplicação das provas.

Do contra
Já a grande imprensa e os donos do ensino privado são contra o Enem. O jornalista Paulo Henrique Amorim expica porque:

De 2007 a 2010, o MInistério da Educação já fechou em todo o país 20 mil vagas em cursos de Direito com avaliação ruim. Barões da educação perderam milhões. O ministro Fernando Haddad, na educação superior à distância, de 2008 a 2010, fechou 3.800 pólos de apoio presenciais inadequados e suspendeu 20 mil vagas. A educação superior à distância é a mina de ouro para os barões por causa escala: baixo custo e possibilidade de aumentar o número de alunos sem precisar de grande infra-estrutura.

Haddad fechou cursos à distância da Unicid por falta de qualidade. Deputados não gostaram. A Unicid contribui PARA campanhas. Também fechou milhares de vagas de faculdades particulares e cursos à distância da universidade Castello Branco por falta de qualidade.

Os barões não se conformam com regulação na educação à distância. Eles pensavam que o Haddad não mexeria nisso.

Para ler essa avaliação completa, acesse
http://www.conversaafiada.com.br/cultura/2010/12/03/por-que-o-pig-e-contra-o-haddad-e-o-enem/

Da redação, com portal IG e Conversa Fiada