Ato é início de jornada por investigação nos contratos do Metrô

O presidente da CUT-SP, Adi dos Santos Lima (à esquerda), durante a passeata pelas ruas do Centro

Milhares de me­talúrgicos do ABC e trabalhadores de ou­tras categorias filiadas à CUT, representantes do Movimento Pas­se Livre e da Central de Movimentos Po­pulares, a CMP, par­ticiparam ontem de ato em São Paulo por transporte público de­cente e pela apuração rigorosa das denúncias de formação de cartel para vencer concorrên­cias de obras do Metrô e de manutenção da Companhia Paulista de Trens Metropolitanos, a CPTM.

“Esse ato é apenas o início de uma jorna­da de manifestações que acontecerão para cobrar a apuração ri­gorosa destas denún­cias graves, que reca­em sobre o transporte público do Estado de São Paulo”, disse Adi dos Santos Lima, presi­dente da CUT-SP, uma das organizadoras da mobilização.

O dirigente lem­brou que à medida que as investigações da Polícia Federal sobre os transportes avançam, novas de­núncias surgem e en­volvem mais empresas com contratos com o governo do Estado de São Paulo, como a Alstom e a Siemens, dentre outras.

As denúncias de superfaturamento em contratos apontam pa­ra um desvio de cerca de R$ 600 milhões dos cofres públicos do Estado.

Caminhada

O ato começou com uma concentra­ção no Vale do Anhan­gabaú, seguida por passeata pelas ruas do Centro da capital pau­lista, até a Secretaria Estadual dos Trans­portes Metropolita­nos, onde terminou.

CPI

Acompanhando o espírito de apura­ção das denúncias, a bancada do Partido dos Trabalhadores na Assembleia Legislativa elaborou um pedido de abertura de uma Comissão Parlamen­tar de Inquérito, CPI, para apurar as denún­cias de desvios nos transportes de Metrô e Trens.

Apesar da rigo­rosa pressão popu­lar por informações sobre a formação do cartel, até o fecha­mento desta edição da Tribuna os parla­mentares do PT não haviam conseguido adesão suficiente para a abertura da CPI.

 

Da Redação