Sindicato e José Rainha preparam ato por reforma agrária


Da esq. p/ direita: Morcegão (diretor executivo do Sindicato), Luciano (militante sem-terra), Rafael Marques (vice-presidente do Sindicato), Claudemir (militante sem-terra), José Rainha Jr, Sérgio Nobre (presidente do Sindicato) e Adi Lima (presidente da CUT-SP). Foto: Raquel Camargo / SMABC

Em reunião mantida nesta quarta-feira (11) na Sede, o líder sem-terra José Rainha Jr. e a diretoria do Sindicato começaram a articular um grande ato em defesa da reforma agrária.

A manifestação está prevista para o final de julho na região da Alta Paulista, no interior do Estado. A intenção é unir trabalhadores do campo e da cidade para reforçar a luta das famílias sem terra por um pedaço de chão.

“Sem uma aliança entre campo e cidade, entre operários e camponeses, dificilmente a teremos mudanças sociais. E a reforma agrária não é uma tarefa apenas dos camponeses, é também dos operários”, afirmou José Rainha.

No mês passado, Rainha foi libertado pelo Supremo Tribunal Federal após nove meses de prisão. O líder sem-terra reafirmou a sua inocência e acusou o governo do Estado e as oligarquias rurais paulistas de criminalizarem as lideranças dos movimentos sociais.

“A reação da sociedade, dos operários, sindicatos, deputados e trabalhadores pela causa da reforma agrária fez com que o Judiciário entendesse que nós, sem-terra, não somos um movimento criminoso, mas um movimento social”, disse.

Durante o período na prisão, Rainha recebeu a solidariedade do ex-presidente Lula em uma carta escrita no final do ano passado. “Isso me emocionou muito, principalmente pelo momento de saúde que ele passava. Não esperava um gesto de solidariedade desse tamanho do companheiro Lula”, contou Rainha.

Da Redação