Termina domingo o espetáculo que encantou o mundo

Copa foi um desastre no campo para nossa Seleção, mas nas ruas o sucesso continua

Que pena!

Nunca duas ausências foram tão sentidas na seleção brasileira de futebol como as de Neymar e de Thiago Silva na partida contra a Alemanha.

Nunca, também, faltou tanta visão a um técnico canarinho como faltou a Felipão, que escalou contra um adversário tão perigoso um time que nunca atuara junto.

Claro que nada disso tira o brilho do evento que o Brasil realiza com tanta competência e que ninguém mais fala ‘imagina na Copa’, pois não aconteceram as confusões nem o caos na infraestrutura previstos pelos ‘profetas do pessimismo’.

Ao contrário, o povo brasileiro deu um exemplo de hospitalidade e cordialidade com os mais de 4 milhões de turistas que circularam pelas cidades-sede sem problemas de instalação ou locomoção.

Faltou também franqueza em destacar a falta de qualidade da seleção para que fossem apresentados os erros cuja correção poderia prevenir o desastre que ocorreu.

 “A polarização política do País não permitiu uma análise equilibrada”, observou o presidente do Sindicato, Rafael Marques.

“Houve exagero com o clima de pessimismo criado antes dos jogos e também com o clima de otimismo registrado durante as partidas”, prosseguiu. “Precisamos encontrar o ponto de equilíbrio e não nos deixar contaminar, pois estamos realizando uma das melhores Copas da história”, afirmou Rafael.

Equilíbrio demonstrado pela presidenta Dilma Rousseff, quando declarou após o jogo: “Assim como todos os brasileiros, estou muito, muito triste com a derrota.

Mas não vamos nos deixar abater. Sei que somos um País que tem uma característica bastante peculiar: nós crescemos na adversidade.

Apesar de todas as adversidades, o Brasil organizou e sediou uma Copa considerada uma das melhores Copas. E isso é, sobretudo, por conta da habilidade do povo brasileiro”.

Chegou a hora do apito final

Domingo, a partir das 16h, o Maracanã vai ser palco de um encontro que não acontece há 24 anos. Desde 1990 Alemanha e Argentina não decidem uma Copa do Mundo.

O duelo acontece pela terceira vez, com uma vitória para cada lado, e se torna a batalha mais repetida na história das decisões de Mundiais.

Eles já se cruzaram 20 vezes e a vantagem é dos sul-americanos com nove vitórias. Se vencer domingo, a Argentina alcança a Alemanha em títulos – três cada uma.

Ambas vivem jejuns de títulos mundiais. A Argentina não vence desde 1986 e a Alemanha desde 1990, quando bateu a própria Argentina. Será também um duelo de estratégias.

O time europeu ataca com sete, oito e até nove jogadores, que movem a bola conforme avançam até o gol. A Alemanha joga por um esquema, não por nomes.

Já a Argentina conta com um ídolo, o mais novo retrato da seleção após a geração Maradona. Quando Messi joga, a Argentina joga! E não têm medo de jogar feio, nem dar chutões para vencer.

Outra guerra será de estrelas. De um lado Müller, artilheiro do time germânico, do outro Messi, ganhador do prêmio de melhor do mundo por quatro vezes.

O jogo que ninguém queria fazer

Na quinta vez que se enfrentam em Copas do Mundo, Brasil e Holanda disputam o terceiro lugar do torneio amanhã, às 17h, no Estádio Mané Garrincha, em Brasília.

O jogo terá a marca do equilíbrio. Os holandeses vêm de quatro vitórias, um empate e uma derrota. Com média de 13,7 chutes a gol por jogo, cometeram 106 faltas e deram2.687 passes.

Os brasileiros também com quatro vitórias, um empate e uma derrota. Com média de 16,7 chutes por jogo, fizeram uma falta a mais e deram 2.249 passes. Cada time marcou 15 gols.

O maior desafio será para Oscar, David Luiz, Marcelo, Willian, Bernard e Thiago Silva, entre outros, que sonham ser convocados para a Copa de 2018, precisarão mostrar que aprenderam com os erros da última partida.

Já Felipão, que após o mundial não estará mais no comando da equipe, terá sua última oportunidade para demonstrar que é capaz de recuperar o lado psicológico da equipe.

Na verdade, ninguém quer realmente disputar o jogo deste sábado. Um duelo entre duas seleções frustradas por terem ficado fora da grande final e com pouco interesse esportivo, pois ninguém é lembrado pelo terceiro lugar em uma Copa.

Da Redação