Acesso ao exame de mamografia pelo SUS aumenta 37% em dois anos

Público prioritário para a prevenção, SUS amplia acesso a exames de mulheres entre 50 e 69 anos

O acesso de mulheres entre 50 e 69 anos ao exame de mamografia pelo Sistema Único de Saúde (SUS) aumentou 37% entre 2010 e 2012. No total, foram feitos 4,4 milhões de mamografias pelo SUS, representando um crescimento de 26% em relação a 2010. Em 2012, o Ministério da Saúde investiu R$ 92,3 milhões para aumentar o acesso ao exame.

A mamografia é o instrumento que permite a detecção precoce do câncer, pois mostra lesões em fase inicial, ainda muito pequenas. O Instituto de Câncer (Inca) recomenda que o exame seja feito a cada dois anos por mulheres entre 50 e 69 anos, ou segundo recomendação médica – depois dos 35 anos, a incidência do câncer de mama aumenta progressivamente.

De acordo com o Inca, os tumores mamários são o segundo tipo de câncer mais frequente no mundo e o mais comum entre as mulheres, respondendo por 22% dos casos novos a cada ano. Se diagnosticado e tratado precocemente, os resultados podem ser razoavelmente bons.

No Brasil, as taxas de mortalidade por câncer de mama são altas, segundo o Inca, muito provavelmente porque a doença ainda é diagnosticada em estágios avançados. Em 2010, morreram 12.705 mulheres e 147 homens em decorrência do câncer de mama. Em 2011, foram 13.225 mortes pela doença.

Sinais

Segundo o Inca, evitar a obesidade, por meio de dieta equilibrada e prática regular de exercícios físicos, são recomendações básicas para prevenir o câncer de mama, pois o excesso de peso aumenta o risco de desenvolver a doença. Segundo o instituto, a ingestão de álcool, mesmo em quantidade moderada, é contra indicada, pois é fator de risco para esse tipo de tumor, assim como a exposição a radiações ionizantes em idade inferior aos 35 anos.

Como sintomas, o Inca alerta que podem surgir alterações na pele que recobre o seio, como abaulamentos ou retrações, inclusive no mamilo, ou aspecto semelhante à casca de laranja. Secreção no mamilo também é um sinal de alerta. O sintoma do câncer palpável é o caroço no seio, que pode ser acompanhado ou não de dor. Podem também surgir nódulos perceptíveis na axila.

Embora a hereditariedade seja responsável por apenas 10% do total de casos, mulheres com história familiar de câncer de mama, especialmente se uma ou mais parentes de primeiro grau (mãe ou irmãs) tiveram a doença antes dos 50 anos, apresentam maior risco de desenvolver o câncer. A recomendação do Inca é que esse grupo deve ser acompanhado por médico a partir dos 35 anos.

Da Rede Brasil Atual