Azevêdo diz que assume OMC em momento crítico e pede apoio ao Congresso

O recém-eleito diretor-geral da Organização Mundial do Comércio (OMC), Roberto Azevêdo, falou aos senadores da Comissão de Relações Exteriores e Defesa Nacional sobre os desafios que terá quando assumir o cargo a partir do início de setembro. Pediu apoio do Congresso e ao governo para conseguir cumprir sua missão e atravessar  um “caminho árduo, longo e difícil”. Ele disse que assumirá o cargo em um momento crítico, pois há riscos que se colocam para o comércio multilateral.

Azevêdo afirmou que a OMC é sistema de imensa importância para o Brasil, que tem hoje um comércio globalizado e pulverizado. “Minha candidatura veio para redinamizar esse sistema”, disse aos senadores. 

“O sistema está completamente paralisado, as negociações estão paralisadas. Desde a criação da OMC, em 1995, nenhuma negociação foi bem-sucedida, o que é uma situação preocupante”, afirmou, ressaltando ser importante quebrar esse ciclo e começar a entregar resultados para os países membros.

Azevêdo mostrou-se pessimista quanto à negociação da Rodada Doha e justificou dizendo que a causa não é o grande número de países que participam da OMC, mas as mudanças no equilíbrio econômico mundial. Para ele, a busca da solução passa pela mudança do foco para o resultado possível em vez do resultado perfeito.

“Ainda que o possível não seja o desejável, o possível é um passo na direção correta do caminho que nós temos que trilhar na OMC”, disse.

 

Da Agência Brasil