Novos atos contra ação da PM no bairro Pinheirinho
Manifestantes aproveitaram os eventos desta quarta-feira (25/1) em comemoração ao aniversário de São Paulo para promover atos contra o governador Geraldo Alckmin (PSDB) pela truculência da Polícia Militar na desocupação do terreno da comunidade do Pinheirinho, em São José dos Campos (SP).
Naquela ação, 2 mil policiais avançaram sobre 6.000 moradores usando balas de borracha, bombas de gás lacrimogêneo e gás pimenta, enquanto tratores derrubavam casas com mobília e pertences dos moradores ainda dentro delas.
Além de feridos, o presidente da Comissão de Direitos Humanos da OAB da cidade, Aristeu César Pinto Neto, denuncia que a polícia está escondendo as informações de mortos, inclusive crianças.
Entidades sociais e sindicais repudiaram a ação da PM ordenada por Alckmin. “Ela mostrou desrespeito aos princípios mínimos de dignidade da pessoa humana, revelando falta de sensibilidade social do governo paulista. Foi uma desumanidade, um desprezo dos direitos dos pobres”, protestou o diretor do Sindicato responsável por São Bernardo, Carlos Alberto Gonçalves, o Krica.
Ele defendeu busca de soluções alternativas para não colocar abaixo um bairro consolidado há anos numa área em disputa jurídica. “Parte do Judiciário ainda apoia a propriedade privada, despreza o uso social da propriedade e dá legitimidade à ação da polícia contra populações pobres”.
Já o jornalista Luís Nassif, em artigo publicada em seu blog, rogou uma praga: “Que as fotos das mães e filhos chorando as casas perdidas sejam uma maldição a acompanhar Alckmin pelo resto de sua vida política”.
Da Redação