Brasil reduz diferenças de desenvolvimento entre cidades

País quase dobra Índice de Desenvolvimento Humano Municipal em 20 anos

O Brasil reduziu as disparidades de desenvolvimento entre as regiões Norte-Nordeste e Sul-Sudeste nas duas últimas décadas e, com base no Índice de Desenvolvimento Humano Municipal (IDHM), deixou de ter desempenho “muito baixo” para ter “alto desenvolvimento humano”. É o que mostra o Atlas do Desenvolvimento Humano 2013, divulgado nesta segunda-feira pelo Programa das Nações Unidas para o Desenvolvimento (Pnud).

O IDHM compreende indicadores de três dimensões do desenvolvimento humano – longevidade, educação e renda – e varia de 0 a 1. Quanto mais próximo de 1, maior o desenvolvimento humano. O estudo, feito com base nos censos demográficos realizados pelo IBGE entre 1991 e 2010, mostra que o IDHM do Brasil cresceu 47,5% no período.

A classificação do IDHM do Brasil mudou de “Muito Baixo” (0,493 em 1991) para “Alto Desenvolvimento Humano” (0,727 em 2010). Houve também uma melhora acentuada dos municípios que tinham posições menores de IDHM, com avanço consistente ao longo dos 20 anos, avalia o Atlas do Desenvolvimento Humano.

“O Brasil tem registrado um progresso realmente extraordinário em termos de saúde, educação, de distribuição de renda e isso está baseado em dados. Não é um elemento de análise política, mas de análise dos dados”, avalia Jorg e Chediek, coordenador-residente do Sistema Nações Unidas no Brasil e representante-residente do PNUD.

A intenção do estudo, diz o representante do PNUD, é prover gestores públicos  de insumos para políticas de planejamento da melhoria de vida das cidades brasileiras. “O Brasil tem mostrado ao mundo, e por isso é importante p ara as Nações Unidas destacar, que é possível em muito pouco tempo mudar as condições de um país”, acrescenta Chediek.

Do Valor Econômico