Política industrial precisa de investimento e consumo

 

Política industrial precisa
de investimento e consumo
Durante o primeiro 
dia da Plenária Estatutária da Confederação 
Nacional dos Metalúrgicos da CUT, a CNM-
-CUT, aberta ontem, a 
política industrial foi o 
tema do debate entre 
o diretor do Instituto 
de Economia da Unicamp, Fernando Sarti e 
o presidente da Agência 
Brasileira de Desenvolvimento Industrial, a 
ABDI, Mauro Lemos. 
Para o professor da 
Unicamp (Universidade 
Estadual de Campinas), 
o foco da política industrial deve estar no investimento, como ocorreu 
na expansão da indústria chinesa.
“A China investe 
50% do PIB, o Produto 
Interno Bruto, na indústria, enquanto no 
Brasil o investimento 
não ultrapassa 20% do 
PIB”, destacou Sarti. 
‘Chinalização’
O diretor negou 
a existência de uma 
desindustrialização 
brasileira, pois, segundo ele o País não está 
perdendo participação 
mundial, apenas não 
tem avançado no setor. 
“O que está havendo é uma ‘chinalização’, com o crescimento da indústria 
chinesa no mundo, que 
ampliou de 13% para 
43% sua participação 
no setor em todo o planeta”, disse. 
Emprego
Outro dado citado 
por Sarti para comprovar que não há desindustrialização é a 
geração de empregos. 
“O Brasil criou empregos na indústria e isso 
é a prova de que não 
existe perda no setor”, 
afirmou. 
Retomada da agenda
O presidente da 
ABDI, Mauro Lemos, 
concordou que não há 
perdas significativas 
para apontar uma desindustrialização, mas 
pontuou que a política 
industrial no Brasil só 
foi retomada durante 
o governo Lula. “O ex-
-presidente recolocou 
a política industrial na 
agenda de governo”, 
lembrou.
“Desde sua posse, 
a decisão de Lula foi optar pelo desenvolvimento com inclusão social, 
por isso estimulou o 
consumo”, completou. 
Para Lemos, essa 
medida foi a solução 
encontrada para suprir 
a completa ausência de 
política industrial e social dos governos neo- 
liberais. “Investir na indústria é uma questão 
de necessidade de um 
país que quer crescer 
e se desenvolver”, defendeu.
Justiça social
Para o presidente 
da CNM-CUT, Paulo 
Cayres, o Paulão, entre 
as opções de estímulo 
à indústria pelo consumo ou pelo investimento, a união de ambas é 
bem vinda.
“Queremos crescimento industrial com 
justiça social e distribuição de renda”,Política industrial precisa de investimento e consumo

Da esq. para a dir. Paulão, Lemos, da ABDI; Maria Ferreira e Sarti, da Unicamp

 

Durante o primeiro dia da Plenária Estatutária da Confederação Nacional dos Metalúrgicos da CUT, a CNM-CUT, aberta ontem, a política industrial foi o tema do debate entre o diretor do Instituto de Economia da Unicamp, Fernando Sarti e o presidente da Agência Brasileira de Desenvolvimento Industrial, a ABDI, Mauro Lemos.

Para o professor da Unicamp (Universidade Estadual de Campinas), o foco da política industrial deve estar no investimento, como ocorreu na expansão da indústria chinesa.

“A China investe 50% do PIB, o Produto Interno Bruto, na indústria, enquanto no Brasil o investimento não ultrapassa 20% do PIB”, destacou Sarti.

‘Chinalização’
O diretor negou a existência de uma desindustrialização brasileira, pois, segundo ele o País não está perdendo participação mundial, apenas não tem avançado no setor.

“O que está havendo é uma ‘chinalização’, com o crescimento da indústria chinesa no mundo, que ampliou de 13% para 43% sua participação no setor em todo o planeta”, disse.

Emprego
Outro dado citado por Sarti para comprovar que não há desindustrialização é a geração de empregos. “O Brasil criou empregos na indústria e isso é a prova de que não existe perda no setor”, afirmou.

Retomada da agenda
O presidente da ABDI, Mauro Lemos, concordou que não há perdas significativas para apontar uma desindustrialização, mas pontuou que a política industrial no Brasil só foi retomada durante o governo Lula. “O ex-presidente recolocou a política industrial na agenda de governo”, lembrou.

“Desde sua posse, a decisão de Lula foi optar pelo desenvolvimento com inclusão social, por isso estimulou o consumo”, completou.

Para Lemos, essa medida foi a solução encontrada para suprir a completa ausência de política industrial e social dos governos neoliberais. “Investir na indústria é uma questão de necessidade de um país que quer crescer e se desenvolver”, defendeu.

Justiça social
Para o presidente da CNM-CUT, Paulo Cayres, o Paulão, entre as opções de estímulo à indústria pelo consumo ou pelo investimento, a união de ambas é bem vinda.

“Queremos crescimento industrial com justiça social e distribuição de renda”, concluiu Paulão.

 

Da Redação concluiu Paulão.
Da Redação

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