Sindicato quer Programa Nacional de Renovação da Frota de Caminhões

Durante reunião na semana passada com o Ministério do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior, o MDIC, o Sindicato entregou a proposta para a criação de um Programa Nacional de Renovação da Frota de Caminhões. O pedido é para que o governo federal tome a frente do programa e evite que cada Estado adote uma política diferente para o setor, como é o caso do Rio de Janeiro e de São Paulo. “O Rio está reeditando a guerra fiscal e isso é muito ruim para o setor de caminhões”, alertou o diretor de Comunicação do Sindicato, Valter Sanches, que participou da reunião em Brasília.
Segundo Sanches, que também é membro do CSE na Mercedes de São Bernardo, o projeto carioca beneficia apenas uma empresa, mas pode incentivar a concorrência desleal e até estimular uma fuga de empresas para o Rio.“O governo daquele Estado isenta de impostos as montadoras que estão instaladas ou se instalarem lá”, explicou o dirigente. Para ele, essa atitude pode levar alguns fabricantes de caminhões, que já mostraram interesse em construir plantas no Brasil, a não optarem pelo ABC. “A região é o maior polo da indústria automotiva e tem grande potencial por conta da qualificação de sua mão de obra, mas pode ficar de fora destes novos investimentos”, disse Sanches.
Investimento pífio
No Estado de São Paulo, o programa elaborado para incentivar a renovação abrange apenas caminhoneiros que utilizam o porto de Santos. “É um programa tímido para o Estado com a maior concentração da atividade econômica do País”, definiu o diretor. “Além disso, o plano não prevê uma usina de reciclagem dos caminhões trocados”, completou. “Os programas, tanto do Rio como de São Paulo, atuam de forma isolada e desarticulada com o restante do processo que implica a renovação da frota de caminhões”, afirmou. 
“Por isso o Sindicato alertou o governo federal para a urgência da renovação da frota de maneira coordenada e apresentou uma proposta para isso ser feito”, concluiu Sanches.
Debate sobre renovação dura quase 20 anos
O debate sobre a renovação da frota de caminhões começou em 1996, quando o Sindicato encomendou o primeiro estudo sobre o setor para a Subseção do Dieese. Desde então, os relatórios são atualizados para comprovar a necessidade de uma política que estimule a modernização do segmento. A frota de caminhões no Brasil soma 1,7 milhão de unidades, sendo 53,2% de empresas e 46%, de autônomos, segundo levantamento da Agencia Nacional de Transportes Terrestres, a ANTT, feito em maio de 2012. Os Metalúrgicos do ABC representam 80% dos trabalhadores do segmento no País e a região participa com 55% do total da produção nacional dos caminhões e com 61% das exportações.

“Programas estaduais são um atraso para o setor”, diz Sanches

 

Durante reunião na semana passada com o Ministério do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior, o MDIC, o Sindicato entregou a proposta para a criação de um Programa Nacional de Renovação da Frota de Caminhões.

O pedido é para que o governo federal tome a frente do programa e evite que cada Estado adote uma política diferente para o setor, como é o caso do Rio de Janeiro e de São Paulo.

“O Rio está reeditando a guerra fiscal e isso é muito ruim para o setor de caminhões”, alertou o diretor de Comunicação do Sindicato, Valter Sanches, que participou da reunião em Brasília.

Segundo Sanches, que também é membro do CSE na Mercedes de São Bernardo, o projeto carioca beneficia apenas uma empresa, mas pode incentivar a concorrência desleal e até estimular uma fuga de empresas para o Rio.

“O governo daquele Estado isenta de impostos as montadoras que estão instaladas ou se instalarem lá”, explicou o dirigente.

Para ele, essa atitude pode levar alguns fabricantes de caminhões, que já mostraram interesse em construir plantas no Brasil, a não optarem pelo ABC.

“A região é o maior polo da indústria automotiva e tem grande potencial por conta da qualificação de sua mão de obra, mas pode ficar de fora destes novos investimentos”, disse Sanches.

Investimento pífio

No Estado de São Paulo, o programa elaborado para incentivar a renovação abrange apenas caminhoneiros que utilizam o porto de Santos.

“É um programa tímido para o Estado com a maior concentração da atividade econômica do País”, definiu o diretor. “Além disso, o plano não prevê uma usina de reciclagem dos caminhões trocados”, completou.

“Os programas, tanto do Rio como de São Paulo, atuam de forma isolada e desarticulada com o restante do processo que implica a renovação da frota de caminhões”, afirmou. 

“Por isso o Sindicato alertou o governo federal para a urgência da renovação da frota de maneira coordenada e apresentou uma proposta para isso ser feito”, concluiu Sanches.

Veja a proposta completa no link do Dieese http://migre.me/f10iU.

 

Debate sobre renovação dura quase 20 anos

O debate sobre a renovação da frota de caminhões começou em 1996, quando o Sindicato encomendou o primeiro estudo sobre o setor para a Subseção do Dieese.

Desde então, os relatórios são atualizados para comprovar a necessidade de uma política que estimule a modernização do segmento.

A frota de caminhões no Brasil soma 1,7 milhão de unidades, sendo 53,2% de empresas e 46%, de autônomos, segundo levantamento da Agencia Nacional de Transportes Terrestres, a ANTT, feito em maio de 2012.

Os metalúrgicos do ABC representam 80% dos trabalhadores do segmento no País e a região participa com 55% do total da produção nacional dos caminhões e com 61% das exportações.

 

Da Redação