CUT denuncia atuação antissindical da Nissan nos EUA


Comitiva da CUT nos Estados Unidos. Foto: Divulgação

A montadora japonesa Nissan está tentando impedir que metalúrgicos do Estado norte-americano do Mississipi se organizem em sindicatos.

Acompanhados de sindicalistas de todo o mundo, o presidente da CUT, Vagner Freitas, e o secretário-geral da Confederação Nacional dos Metalúrgicos da CUT (CNM-CUT), João Cayres, embarcaram aos EUA para prestar solidariedade à luta desses companheiros.

“Essa é uma batalha em defesa da cidadania e merece a solidariedade mundial”, afirmou Vagner Freitas. “A superação das desigualdades e de toda forma de discriminação é uma das principais bandeiras de todo o movimento sindical”, completou João Cayres.

Ameaças
Para evitar a organização dos trabalhadores, a Nissan ameaça demitir e até fechar a fábrica, uma das principais do Estado, se alguém votar pela criação do sindicato. Os patrões também fazem reuniões com os metalúrgicos para pressioná-los.

A United Auto Workers (UAW), sindicato nacional dos metalúrgicos norte-americanos, lançou uma campanha mundial contra as atitudes antissindicais da montadora, que já conta com a participação de trabalhadores, sindicalistas, estudantes e artistas de todo o planeta.

O triste sindicalismo norte-americano
Apenas 7% dos trabalhadores do setor privado são sindicalizados nos Estados Unidos. Só para comparar, na base dos Metalúrgicos do ABC o índice de sindicalização é 75%.

Segundo o presidente da UAW, Bob King, a quantidade de trabalhadores sindicalizados no País caiu de um total de 35%, entre as décadas de 1960 e 1970, para o número atual, por conta de leis aprovadas por sucessivos governos neoliberais que enfraqueceram o poder de organização da companheirada nas fábricas.

Justamente por isso, toda solidariedade possível deve ser prestada para que os sindicatos se reorganizem naquele país.

Da Redação