América Latina é a mais otimista para 2013

 

Os executivos da América Latina estão mais confiantes para 2013 do que os seus pares de outras regiões. Na escala de o a 100, o otimismo dos diretores financeiros (CFOs) latino-americanos sobre as perspectivas da economia locai está em 66. Na sequência, aparecem os executivos da Ásia (6o), seguidos por Estados Unidos e Europa (52).

No recorte brasileiro, o otimismo está estável em relação à pesquisa anterior, com 60 pont

os.A Argentina – cujo o governo da presidente da Cristina Kirchner tem enfrentado alta taxa de rejeição popular – tem o menor otimismo da região, com 49 pontos.

Os dados estão na pesquisa Panorama Global de Negócios, conduzida pela Fundação Getúlio Vargas (FGV), Duke University e CFO Magazine. Ao todo, foram entrevistados 896 CFOs, sendo 172 na América Latina e 59 no Brasil. “O otimismo dos CFOs do Brasil estáparecido com o que foi verificado na pesquisa anterior (era de 62). Esse número mostra que a expectativa em relação à economia brasileira ainda é grande”, afirma Gledson de Carvalho, professor da FGV e co-diretor do estudo.

Dependência. O levantamento também identificou uma dependência muito grande entre as economias da América Latina. Para 60% dos diretores financeiros do Brasil, um crescimento mais lento das demais nações latino-americanas prejudicaria o desempenho das empresas. De outro lado, 75% das empresas nos países de língua espanhol da América Latina afirmam que um cr

escimento brasileiro fraco afetaria os seus negócios.

Emprego. Segundo a pesquisa Panorama Global de Negócios, o mercado de trabalho deve continuar aquecido este ano – a última Pesquisa Mensal de Emprego, do IBGE, mostrou que a taxa de desocupação era novembro de 2012 foi de 4,9%, a mais baixa para o mês e a segunda menor da série histórica, iniciada em 2002

Nos próxim

os 12 meses, as empresas brasileiras devem aumentar o número de empregados em tempo integral em 3,3%, revela o levantamento. No mesmo período, os salários devem crescer 7%. Em contrapartida, a projeção é de que os preços dos produtos subam 13,6% em média. Os executivos brasileiros ainda afirmam que as receitas deverão crescer 14%.

Diante desse cenário já apertado para o emprego, não à toa, umas das principais preocupações dos diretores financeiros das empresas brasileiras é a retenção de mão de obra qualificada. Cerca de 65% dos executivos brasileiros pesquisados enfrentam esse tipo de dificuldade. “Quando a economia está aquecida, é normal que esse seja um dos primeiros problemas a aparecer”, afirma Carvalho.

Outro problema frequente (68%) é a manutenção da margem de lucro nos níveis atuais.

 

Do Estado de S. Paulo