Movimento Sem Emprego de Portugal pede fim das agências de trabalho temporário

O Movimento Sem Emprego (MSE) de Portugal protestou contra as empresas de trabalho temporário no país nesta semana. Os desempregados consideram que essas companhias “não são mais do que instrumentos de promoção e perpetuação do trabalho precário, sem direitos, mal pago”. E ainda afirmam que o lucro anual dessas agências chega a “600 milhões de euros”.

Através de um comunicado, o MSE exige “o fim das empresas de trabalho temporário e que o Centro de Emprego assuma a função para o qual foi criado: promover o emprego com direitos”.

O Centro de Emprego é um mecanismo que reúne informações sobre ofertas de trabalho e as disponibiliza publicamente. Este ano, o governo português reestruturou a rede de centros de emprego, que totalizam 86 em todo o país, e passou a atuar junto aos centros de formação profissional, que são 28 no total.

A taxa de desemprego em Portugal atingiu 16,3% da população em outubro. Entre os países da Organização para a Cooperação e Desenvolvimento Econômico (OCDE), a nação portuguesa só fica atrás de Espanha e Grécia, que possuem índices acima dos 25%.

O Movimento Sem Emprego surgiu em março deste ano em Lisboa, capital portuguesa, e reúne trabalhadores desempregados, em subemprego ou que atuam na precariedade. Eles participam de mobilizações e greves gerais e aspiram tornar-se um movimento nacional.

 

Da Rádio Agência NP