Em Atenas, greve paralisa sistema de transportes urbanos
Os trabalhadores dos transportes urbanos da Grécia decidiram estender por mais 24 horas a greve iniciada dia 6 e que deveria ter se encerrado na quarta feira 7. A decisão foi em protesto contra as novas medidas de austeridade aprovadas ontem à noite no Parlamento.
A decisão de manter a greve foi anunciada em comunicados pelos sindicatos dos empregados do metrô e dos trens elétricos, assim como dos proprietários de táxis, que estão em greve desde segunda-feira em protesto pela liberalização de sua profissão.
Também continuam paralisados os empregados da sociedade pública de eletricidade (DEI), cuja privatização é iminente.
De manhã, cerca de 50 sindicalistas do GENOP-DEI, sindicato majoritário da empresa, ocuparam durante uma hora e meia a sede da companhia, em protesto contra o aumento previsto dos preços de eletricidade.
O pesado pacote de medidas aprovado na meia-noite de ontem em votação apertada contém disposições exigidas pela tríade da Comissão Europeia, o Fundo Monetário Internacional e o Banco Central Europeu para continuar com a ajuda financeira à Grécia. Entre outras medias, foi aprovada a demissão de cerca de 25 mil funcionários até o final de 2013, mais flexibilização laboral e reduções de pensões e o co-pagamento de saúde.
Ontem, entre 70 mil pessoas, segundo a Polícia, e 200 mil, segundo a oposição, abarrotaram a Praça Syntagma, onde fica o Legislativo, em uma manifestação em protesto contra os cortes,que causou conflitos e enfrentamentos com a polícia.
Da France Presse via CNM-CUT