UE faz forte rebaixamento das previsões para PIB na zona do euro

A Comissão Europeia (Executivo da União Europeia) fez um forte rebaixamento nas previsões de crescimento do PIB (Produto Interno Bruto) para a zona do euro neste ano e em 2013. As estimativas para o desemprego também foram alteradas.

Segundo relatório divulgado nesta quarta-feira, as economias dos 17 países que usam a moeda únbica sofrerão queda de 0,4% de todas as riquezas em 2012, enquanto no ano que vem é esperada alta de 0,1%.

As projeções anteriores, divulgadas em maio, esperavam queda de 0,3% para este ano e alta de 1% em 2013. Os números foram pressionados pela situação das economias mais afetadas pela crise, como Espanha, Itália, Grécia e Portugal.

Na Espanha, o PIB terá retração de 1,4% em 2012, contra 0,3% da previsão de maio. Os mesmos 1,4% são esperados no ano que vem. A situação para este ano é pior na Itália, com queda de 2,3% do PIB, enquanto em 2013, é estimada queda de 0,5%.

Principal economia do euro, a Alemanha é um dos poucos países com previsão de crescimento de 0,8% em 2012 e 2013. Para a França, o grupo ainda espera crescimento de 0,4% em 2013, menos otimistas que as previsões do governo, que apostava em alta de 0,8%.

Em relação aos 27 países membros da União Europeia, a previsão também foi alterada, esperando-se um crescimento de 0,4% para 2013 e 1,6% em 2014.

Desemprego
Nos 17 países do euro, as taxas de desemprego deverão ficar em 11,3% neste ano e 11,8% em 2013, também pressionadas pela situação nos países mais afetados pelas dificuldades econômicas. O mesmo acontecerá com o conjunto da UE, em que sairá de 10,5% em 2013 para 10,9% no ano que vem.

Para o bloco, a Espanha deverá alcançar novo recorde este ano, fechando em 25,1%, cinco décimos a mais que a estimativa de Madri. Devido ao crescimento negativo, o desemprego fechará em 26,6% no ano que vem.

Os dados do PIB e do desemprego afetarão em especial as metas de diminuição do deficit público e da dívida pública da zona do euro e da União Europeia. Na França e na Espanha, segunda e quarta economias do euro, as metas serão quebradas.

O governo francês terá um saldo negativo de 3,5% do PIB no ano que vem entre receitas e gastos do governo, maior que a meta de 3%. Na Espanha, o deficit fechará em 8% este ano, acima da estimativa de 6,3% pedida pelos europeus no início do ano.

 

Da Folha de S. Paulo