Desemprego cresce na Grécia e chega a 24,4% em junho

O desemprego na Grécia cresceu quase um ponto percentual em junho, chegando a 24,4% da população economicamente ativa, de acordo com estatísticas divulgadas pelo governo nesta quinta-feira.
 
A taxa subiu devido à intensa crise financeira provocada pelo aumento do endividamento público e é a segunda maior da zona do euro, perdendo apenas para a Espanha, que alcançou 24,6%.
 

No mês anterior, o índice revisado era de 23,5%. Em números absolutos, 1,2 milhão de gregos estava sem trabalho em junho –um aumento de 42% em relação ao mesmo mês no ano anterior.
 
As maiores taxas estão entre os jovens menores de 25 anos, chegando ao recorde de 55%. Na medição por sexo, as mulheres são as mais prejudicadas, com taxa de 28,1%.
 
Os números são revelados em meio aos estudos do governo grego para a aplicação de medidas de austeridade para conter a crise da dívida pública. Os cortes deverão chegar a € 11,5 bilhões e afetarão áreas como a previdência e a geração de empregos.
 
As reduções fazem parte das exigências dos credores do resgate de € 130 bilhões, entregue em fevereiro ao país.
 
Neste mês, membros do Banco Central Europeu, da Comissão Europeia e do FMI (Fundo Monetário Internacional) fazem uma vistoria para garantir o pagamento de uma nova parcela do socorro financeiro, de € 31 bilhões.
 
Protestos

As medidas de austeridade geram protestos da população. Nesta quinta-feira, policiais desafiaram os próprios colegas em uma manifestação em uma unidade na capital Atenas.
 
Cerca de 50 agentes bloquearam a saída do efetivo para a cidade de Tessalônica, no norte do país, onde estão previstos protestos contra as medidas de austeridade.
 
Os manifestantes planejam um ato conjunto com a Guarda Costeia e os bombeiros contra as ações econômicas do governo de Antonis Samaras.