Pobreza atinge 115 milhões e chega à classe média da União Europeia
Uma reportagem do jornal espanhol “El País” mostra que em 2009 o bloco de 27 países tinha 115 milhões de pessoas na pobreza ou 23,1% da população. Dois anos antes, esse número era de 85 milhões de pessoas ou 17% da população.
As vítimas da crise incluem pensionistas, desempregados que antes trabalhavam como autônomos, donas de casa – pessoas que antes integravam a classe média ou a classe média baixa e que agora estão na pobreza. Elas têm que escolher entre cozinhar e aquecer suas casas, entre pagar a hipoteca ou comer. E acabam com a ideia de pobreza ligada apenas à mendicância.
– Os voluntários de antes são os que precisam de ajuda hoje – diz Jorge Nuño, secretário-geral da Cáritas Europa.
Na lista de países com aumento da pobreza entre 2007, antes da deterioração da conjuntura econômica, e 2009, estão Grécia, Espanha e Irlanda.
– Mas também França, Alemanha e Áustria. Sem contar outros cem milhões ou 150 milhões que estão no fio da navalha – acrescenta Nuño.
Já nos Estados Unidos, manifestantes do movimento Ocupem acampados em Washington enfrentariam a partir de meia-noite seu maior desafio, já que a polícia planeja removê-los de dois parques nas imediações da Casa Branca. O Serviço Nacional de Parques dos EUA anunciou na semana passada que cumpriria a determinação legal contrária ao pernoite nas praças McPherson e Freedom, onde manifestantes estão acampados desde outubro. A polícia ordenou a retirada de sacos de dormir e outros objetos, mas disse que as barracas poderão permanecer no local desde que fiquem abertas.
O ultimato acontece após os distúrbios em Oakland, Califórnia, quando 400 pessoas foram presas no fim de semana.
Do O Globo