Sindicatos pedem ao G20 que priorize criação de emprego
Sindicatos patronais e de trabalhadores dos países do G20 pediram nesta quinta-feira a seus líderes, reunidos em Cannes, que priorizem o desenvolvimento de um ambiente propício para as empresas e a criação de emprego, no atual contexto econômico marcado pelas perspectivas desfavoráveis.
Em declaração comum, as organizações empresariais (agrupadas no chamado B20) e os sindicatos (congregados no L20) pediram aos chefes de Estado e Governo que os desafios do mercado de trabalho e a proteção social estejam no topo de seus objetivos.
“Trata-se de reduzir o desemprego e evitar o risco de que uma proporção cada vez maior da população perca confiança na economia global”, advertiram. O documento demorou oito meses para ficar pronto. Durante sua apresentação à imprensa, a secretária da Confederação Sindical Internacional (CSI), Sharan Burrow, afirmou que a economia tem que centrar sua atenção neste momento para acabar com a crise.
A secretária ressaltou que as organizações patronais e sindicatos se comprometem com um diálogo social em escala global. Ela fez referência particular ao problema do desemprego juvenil, que “é alarmante em quase todos os países, tanto desenvolvidos como em desenvolvimento”, explicou.
Os representantes sindicais disseram que as empresas e os trabalhadores têm “um interesse comum” na criação e fortalecimento da proteção social e no estabelecimento de uma base internacional. Já os sindicatos patronais acrescentaram que a proteção social deve ter um financiamento sustentável em escala nacional.
As duas partes concordaram em defender os princípios e direitos fundamentais no trabalho e solicitaram “coerência das medidas no sistema multilateral”. No texto conjunto, o B20 e o L20 aproveitaram para mostrar sua “profunda preocupação pela gravidade da situação econômica mundial”.
“Os trabalhadores e as empresas enfrentam a instabilidade do mercado mundial, assim como o aumento do desemprego e a incerteza do mercado de trabalho, e as perspectivas econômicas não demonstram nenhuma melhora”, alertaram.
Da EFE, via iG Economia