O que a China pode nos ensinar
Sanches viajou à China em setembro. Foto: Rossana Lana / SMABC
O diretor de Comunicações do Sindicato, Valter Sanches, que os outros países precisam aprender muito com a China. Membro do Conselho Mundial de Administração da Daimler – dona da Mercedes-Benz – ele esteve no país asiático como representante dos trabalhadores para conhecer a fábrica de caminhões da Foton, que atuará em parceira com a MBB.
“Nenhum outro local tem a mesma condição da China. Eles possuem uma escala de produção muito grande. Enquanto aqui se produziu de 3,6 milhões de veículos no ano passado, lá foram 18,3 milhões”, disse.
Para Sanches, três condições são decisivas no bom momento econômico chinês. A grande escala de produção, não ser uma economia de mercado e o socialismo, onde o governo é o grande indutor da indústria local.
“Toda empresa estrangeira que entra na China precisa ser parceira do governo. E eles possuem um índice de nacionalização por grupos de produção de carro. No grupo motor-eixo-câmbio o índice é de 82%”, conta.
“Esse índice é quase o mesmo que exigimos aqui, de 80% de nacionalização das peças – que em termos reais significa 36% de conteúdo regional em todo o carro”, completou.
O dirigente acredita o Brasil pode aprender a se defender como eles. “A China abriu o mercado ao exterior, mas impôs condições para desenvolver a indústria local e agregar tecnologia. Nós temos plenas condições de fazer o mesmo”, finalizou Sanches.
Da Redação