Honda continua luta sindical contra os trabalhadores no México

No início de setembro, os trabalhadores da Honda no México obtiveram o reconhecimento legal para registrarem o STUHM (Sindicato de Trabalhadores da Honda Unidos do México).  A empresa se opõe à organização bloqueando os sindicatos independentes na planta da Honda em Jalisco, no México há 26 anos.

O STUHM vem lutando para ganhar reconhecimento oficial desde a sua criação em 2009.  As más condições de trabalho, o assédio, os baixos salários e a falta de um verdadeiro sindicato para defender os trabalhadores são as principais causas da luta de 2200 jovens.

Em 28 de janeiro o Tribunal do Trabalho determinou que seu secretário deveria conceder o registro para o STUHM.  A Honda contestou esta decisão, que foi confirmada no Tribunal de Justiça em 18 de agosto.  José Luis Alcalá Solorio, secretário geral do STUHM, disse que o registro do sindicato havia sido sistematicamente negado, inclusive através de truques e práticas ilegais. O STUHM foi aos tribunais e conseguiu uma vitória histórica para a classe trabalhadora de Jalisco, é a primeira vez que um sindicato independente é reconhecido neste estado mexicano.

Apesar da decisão recente do Tribunal sobre o registro do sindicato, em 6 de setembro a Honda demitiu mais dois trabalhadores; José Lamas e Hever Gallardo, depois de terem admitido ser membros do STUHM. Outros trabalhadores relatam que a administração local está molestando e intimidando trabalhadores e oferecendo-lhes propinas e vantagens financeiras caso assinem cartas que renuncie à sua filiação a STUHM.

O STUHM continua a se organizar e defender os direitos dos trabalhadores, e exigiu um aumento salarial de 30% para todos.  A Honda é a empresa que paga os menores salários do setor, em média, mil pesos por semana (EUA $ 72) isso para trabalhadores qualificados, a “maior parte dos salários são miseráveis quando comparados aos outros da indústria automobilística”, disse Gallardo.

“Queremos apenas deixar a miséria em que a maioria dos trabalhadores vivem”, escreveu o STUHM em uma nota oficial.

Da FITIM