Trabalhadores do cobre no Chile propõem plebiscito
A Confederação de Trabalhadores do Cobre do Chile propôs um referendo nacional a respeito das políticas voltadas à questão dos minérios, com o fim de impulsionar a renacionalização do metal vermelho.
Segundo essa organização, que agrupa 30 mil funcionários da estatal cuprífera Codelco, “com as utilidades obtidas em um ano (2006), as multinacionais que operam no Chile recuperaram os investimentos realizados em 31 anos”.
Esses dados, indicaram os empregados da Corporação Nacional do Cobre (Codelco), demonstram a escandalosa entrega do mineral às empresas estrangeiras.
Sobre o tema, o secretário geral do Partido Comunista, Lautaro Carmona, assinalou que “o espírito da nacionalização decretada pelo presidente Salvador Allende em 11 de julho de 1971 foi traído com o denominado Decreto 600, da ditadura de Augusto Pinochet” que, afirmou, “lhe abriu as portas às transnacionais”.
O deputado chileno opinou também que as multinacionais do cobre no Chile, “resistirão e farão o impossível para manter seus privilégios e ganhos que hoje obtêm pelo alto preço do metal vermelho”.
Estes ganhos, ilustrou, representam cerca do 75% do orçamento do Estado, quatro vezes o orçamento do Ministério de Educação e 7,3 vezes o orçamento do Ministério de Saúde.
Para os trabalhadores mineiros no país sul-americano, urge recuperar a soberania sobre o metal, porque ao atual nível de exploração não fica para mais de 50 anos de reserva.
“Se queremos um Chile novo com educação gratuita e de responsabilidade do Estado, com saúde pública de qualidade para todos, se queremos pôr em marcha planos de moradias dignas para os sem casa e empregos dignos a milhões, o cobre deve ser chileno”, sublinharam em um comunicado público.
Da Prensa Latina