Preso ilegalmente desde 2008, sindicalista mexicano é libertado
Mesmo com a saída de Linares, ainda há dois dirigentes sindicais presos injustamente no México
Um dos líderes do Sindicato Nacional dos Trabalhadores Mineiros, Metalúrgicos e Similares do México, Juan Linares, foi solto depois de uma forte ação em defesa dos direitos sindicais, com participação da CNM/CUT e entidades sindicais de 40 países
Desde 3 de dezembro de 2008, Juan Linares Montufar, líder do Sindicato Nacional dos Trabalhadores Mineiros, Metalúrgicos e Similares do México, estava encarcerado sem direito a fiança no Reclusório Norte, uma grande prisão na Cidade do México. Linares foi posto em liberdade nas primeiras horas da manhã de 24 de fevereiro de 2011. Cerca de 100 membros do Sindicato dos Mineiros o aguardavam na porta do presídio.
A notícia da libertação de Linares foi divulgada poucos dias depois de cerca de 50 mil membros e ativistas sindicais de 40 países levaram a cabo ações de apoio aos direitos sindicais no México, como parte dos “Dias de Ação Mundial”, organizados pela Federação Internacional dos Trabalhadores nas Indústrias Metalúrgicas (FITIM), a Federação Internacional dos Trabalhadores no Transporte (FITT), a Federação Internacional de Sindicatos dos Trabalhadores em Química, Energia e Minas (ICEM) e o Sindicato Mundial UNI, além da Confederação Sindical Internacional.
Linares é presidente do conselho geral de vigilância e justiça do Sindicato Mineiro e um dos principais membros da direção do sindicato.
“Celebramos a notícia da libertação de Juan Linares, mas não podemos duvidar que outros dois companheiros permanecem encarcerados ilegalmente”, disse o secretário-geral da FITIM, Jyrki Raina, referindo-se a Miguel Márquez Ríos, líder do Sindicato Mexicano dos Eletricistas (SME) que está preso desde 2010 e de Martín Salazar Arvayo, membro do Sindicato Mineiro, preso injustamente desde setembro do ano passado.
“O governo mexicano segue tratando de destruir os sindicatos independentes, como os Mineiros e o SME, mas temos mostrado nossa força e solidariedade, particularmente nestas últimas semanas e continuaremos a luta, localmente e mundialmente, até que os responsáveis da explosão da mina de Pasta de Conchos compareçam à Justiça, cesse a perseguição política de membros de sindicatos independentes e o governo mexicano reconheça e cumpra os direitos dos trabalhadores, inclusive e particularmente o direito fundamental à liberdade de associação”, agregou Raina.
Da FITIM (Tradução de Valter Bittencourt – CNM/CUT)