Líbia: crescem manifestações contra e a favor de Kadafi

Líbios favoráveis e contrários ao coronel Muamar Kadafi se manifestaram nesta sexta-feira (25/02) em diferentes cidades da Líbia. Na capital, Trípoli, os apoiadores se reuniram na praça Verde, no centro, enquanto os opositores se posicionaram nos arredores da cidade. Em Benghazi, bastião opositor ao líder líbio, centenas de milhares de manifestantes exigiram a saída de Kadafi. De acordo com meios internacionais, forças de segurança entraram em confronto com a população durante protestos em Trípoli e outras cidades próximas à capital.

Durante a manhã, a rede estatal de televisão, a Libyan TV, e o canal multiestatal Telesur mostraram manifestantes pró-Kadafi na praça Verde. No distrito de Janzour, em Trípoli, forças do governo atiraram contra os manifestantes deixando pelo menos dois mortos, segundo as agências internacionais de notícias. Em bairros do leste da capital, como Ben Ashur e Fashloum, a população também foi às ruas e foi recebida com violência.

Na quinta-feira (24/02), a cidade de Al Zawiya, a 50 km de Trípoli, foi palco de um dos piores enfrentamentos, porém. o número de feridos ainda não foi divulgado. Em Misrata, terceira maior cidade do país, foram registrados combates pelo controle do aeroporto.

No leste da Líbia, Benghazi, Tobruk e Ajdabiya estãos sob o controle da oposição, enquanto Trípoli está patrulhada pelas forças especiais do governo. Já em Zuara, Sabratha, Misrata e Al Zawiya, cidades a oeste da capital, o regime de Kadafi lançou ofensivas para tomar o controle das localidades.

De acordo com a TeleSur, pelo menos seis pessoas morreram nos últimos confrontos e dezenas ficaram feridos. Ainda não há um balanço oficial sobre o número de mortos desde que os protestos começaram, há duas semanas. Porém, de acordo com Alto Comissariado francês para Direitos Humanos, Francois Zimeray, cerca de mil pessoas morreram nos enfrentamentos.

Já a Federação Internacional de Direitos Humanos estima que pelo menos 700 pessoas podem ter morrido. Já um médico francês em Benghazi, Gerrard Buffet, disse que os combates podem ter matado até duas mil pessoas só no leste do país.

Do Opera Mundi