Grécia tem greve de trens contra privatização
Parlamento deve analisar na terça a venda de 49% da empresa estatal. Para trabalhadores, isso significaria o fim da companhia
Trabalhadores da empresa estatal grega de trens fazem greve de três dias a partir desta segunda-feira (25) contra os plano do governo de privatizar a empresa.
A greve paralisou o transporte de passageiros e mercadorias por trem e afeta também as conexões internacionais.
Já na noite de domingo, dezenas de trajetos foram modificados ou cancelados.
O sindicato da empresa de ferrovias (POS) confirmou nesta segunda-feira que não serão cumpridos nem os serviços mínimos, garantindo que o tráfico ferroviário ficará completamente paralisado.
A organização se opõe a uma lei que prevê a venda de 49% da empresa estatal e que será votada nesta terça-feira no Parlamento.
As interrupções se prolongarão até quarta. Está previsto que, na quinta, o serviço volte a funcionar, ficando novamente interrompido sexta-feira, desta vez por uma greve de 24 horas.
O POS afirma que a empresa não é competitiva, e que a nova lei, que prevê cortes de pessoal, aumento do preço das viagens e redução dos trajetos, significará “o fim da companhia”, segundo fontes sindicadis.
Os trabalhadores atribuem o déficit fiscal da empresa, que tem uma dívida de 10,7 bilhões de euros, ao pagamento de empréstimos para obras de infraestrutura e não aos salários dos empregados (cerca de seis mil).
O governo grego planeja abrir processos de privatização nas empresas estatais que não são competitivas, enquanto o país passa por grave crise de endividamento e déficit público.
Do G1, com EFE