Acidente que soterrou 33 mineiros no Chile completa hoje dois meses
O acidente que soterrou 33 trabalhadores, a 700 metros de profundidade, na Mina de San José, no Deserto de Atacama, no Chile, completa nesta segunda-feira (5/10) dois meses. Os mineiros só conseguiram enviar mensagens de que estavam vivos duas semanas depois do soterramento. Ontem, o presidente do Chile, Sebastián Piñera, anunciou que, no máximo em dez dias, deve ocorrer o resgate. A ideia é resgatá-los até o dia 15. A previsão inicial era apenas em novembro.
Piñera quer que o resgate ocorra logo porque no dia 15 ele começa uma série de viagens a vários países da Europa. Antes de deixar o Chile, o presidente quer ver concluído o processo de resgate dos trabalhadores. As informações são da rede estatal de televisão chilena, a TVN.
Ontem à noite, Mario Sepúlveda, um dos mineiros soterrados, enviou mensagens à família lembrando que era aniversário dele. Sepúlveda se tornou conhecido por ter participado dos quatro vídeos feitos pelos trabalhadores e divulgados pelas autoridades chilenas. Desenvolto e comunicativo, o mineiro virou uma espécie de símbolo do grupo.
O acidente foi provocado porque ruiu o principal acesso ao túnel da Mina de San José. As autoridades chilenas monitoram por 24 horas os mineiros. Especialistas em saúde, mineração, telecomunicações e segurança dão orientações e acompanham os trabalhadores.
No domingo, duas máquinas das três perfuradoras pararam de funcionar por problemas técnicos. Mas os especialistas avisaram que serão consertadas até amanhã. Os trabalhadores soterrados começaram a enviar os objetos pessoais que acumularam nesse período.
O principal meio de comunicação dos trabalhadores com as famílias e as autoridades são os canais ligando a superfície e o abrigo. Mas eles serão retirados do subterrâneo por meio de cápsulas – cujo formato é de gaiolas.
Assim que forem resgatados, os mineiros vão ser transportados em ambulâncias até o heliporto, construído em área próxima à mina, e de lá levados em helicópteros para um hospital de Copiapó, no Atacama.
Do Opera Mundi