Resgate dos mineiros soterrados no Chile entra em fase final
As equipes de especialistas que vão descer até onde estão os 33 trabalhadores soterrados há 57 dias na Mina de San José, no Deserto do Atacama, no Chile, chegaram ao local e aguardam as instruções para começar os trabalhos. Também está em fase final a construção do acampamento que servirá de hospital de atendimento aos trabalhadores. Paralelamente são feitos testes com as cápsulas de resgate.
As informações são da rede estatal de televisão do Chile, a TVN. Ontem (30), no fim da tarde, 27 famílias que representam os mineiros entraram com ações judiciais contra a empresa mineradora San Esteban e funcionários públicos federais suspeitos de não terem tomado providências para evitar o soterramento. As famílias querem receber indenizações. Não foi informado o valor dos pedidos.
Na tentativa de acelerar o resgaste dos mineiros, os responsáveis pelas operações avançam nas escavações e intensificam os testes com as cápsulas, que serão usadas como suporte para a retirada dos trabalhadores, que estão a 700 metros de profundidade. René Aguilar, que trabalha nas operações de resgate, informou que houve ajustes na abertura de algumas cápsulas.
Segundo Aguilar, o objetivo é aperfeiçoar o sistema para evitar imprevistos e riscos no momento do resgate. A previsão das autoridades chilenas é que o resgate ocorrerá na primeira semana de novembro. As autoridades também negam que exista uma lista prévia definindo quem teria prioridade no momento do resgate.
Jimmy Sánchez, de 19 anos, é o mineiro mais jovem entre os 33 soterrados. Ontem ele enviou parte dos seus pertences para a família. Sánchez enviou para a superfície uma camisa de um time de futebol e a primeira caneca que recebeu quando houve o acidente, em 5 de agosto. As autoridades chilenas preparam um pacote de presentes para os mineiros, antes do resgate. Serão entregues 33 camisas do Real Madrid, todas autografadas.
Ontem foi divulgado o quarto vídeo tendo os mineiros como personagens principais. No vídeo aparecem Juan Illares e Mario Sepúlveda. Illares mostra como é o trabalho de retirada dos escombros, informando que os trabalhadores se dividiram em três turnos de atividades de oito horas cada. Sepúlveda disse que todos estão otimistas e animados com a aproximação do prazo de resgate e pede tranquilidade às famílias.
Desde o começo desta semana, as três máquinas usadas nas operações de resgaste se mantiveram ligadas e funcionando de forma ininterrupta. A média de escavação foi de 50 metros em 48 horas. Diferentemente do que ocorreu na semana passada, as máquinas não apresentaram falhas nem problemas técnicos e as atividades não sofreram paralisações.
Da Agência Brasil