Mobilizações trabalhistas no Uruguai dobram sob governo de Mujica

O número de mobilizações trabalhistas praticamente duplicou no Uruguai nos primeiros seis meses do governo de José Mujica em comparação com o mesmo período de seu antecessor, Tabaré Vázquez.

O dado, tirado de uma pesquisa feita pela Universidade Católica do Uruguai, foi divulgado nesta segunda-feira (27/9) pelo jornal uruguaio El País, que disse que, entre janeiro e junho de 2010, foram registrados 83 atividades de mobilização, incluindo uma paralisação geral de 9 de junho, à qual se somaram mais de 252 mil trabalhadores.

Mujica assumiu a presidência em 1º de março, iniciando o segundo governo da coalizão governista Frente Ampla, após o de Vázquez, entre 2005 e 2010.

Segundo o estudo, 60% das mobilizações ocorreram no setor privado, em especial na construção e na indústria manufatureira, enquanto no setor público as áreas mais mobilizadas foram as da educação e da administração.

Paralisações
Sobre as razões das mobilizações, 65% são explicadas por reivindicações salariais, e 17% por pedido de melhores condições de trabalho.

A central sindical PIT-CNT programou uma mobilização para quinta-feira e uma paralisação geral para o dia 6 de outubro, na época em que será apresentado um projeto de orçamento quinquenal. A paralisação, cujos detalhes ainda estão para ser acertados, será de 24 horas.

Desde que o início do atual mandato, a central convocou duas greves gerais parciais. Na gestão anterior, a primeira paralisação geral de 24 horas ocorreu com três anos de governo.

Do Opera Mundi