Funcionários públicos fazem paralisação no Uruguai

Os funcionários públicos no Uruguai estão em paralisação de 24 horas nesta quinta-feira (26/8) para reivindicar melhores salários ao governo do presidente Pepe Mujica, regularização dos contratos temporários e participação na reforma do Estado.

A paralisação foi convocada pela Confederação de Organizações de Funcionários do Estado (COFE) e dura até à meia-noite de quinta para sexta-feira pela hora local (mesmo horário de Brasília).

“A paralisação abrange os funcionários da Administração Central, do ensino, os trabalhadores dos correios e as prefeituras, entre outros setores”, disse o secretário-geral do COFE, Joselo López, à agência de notícias espanhola Efe. “Nossas reivindicações passam por melhores salários, mais orçamento para a educação e a regularização dos contratos temporários do Estado, que geram uma situação de angústia para milhares de trabalhadores”.

A COFE reivindica a participação na reforma do Estado promovida pelo governo Mujica. Segundo estimativas sindicais, 16 mil dos 255 mil funcionários públicos têm contratos temporários. Os funcionários aceitam uma proposta oficial para que seu salário mínimo seja de 14,4 mil pesos (700 dólares), mas pretendem diminuir a carga horária de 40 horas para 30 horas semanais.

Os médicos também participam da paralisação e, inclusive, ampliaram a sua para 48 horas. Nos hospitais, só os casos urgentes estão recebendo atendimento.

Desde que Mujica assumiu a presidência (março de 2010), foram realizadas duas greves gerais parciais convocadas pela central PIT-CNT, que reúne os sindicatos do país.

Do Opera Mundi