Grécia paralisada na quarta greve geral do ano

Trabalhadores foram às ruas protestar contra cortes nos salários, aposentadorias e investimento

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Para população o governo é o principal culpado pela crise

Dezenas de milhares de pessoas tomaram as ruas de Atenas hoje, como parte de uma greve geral de 24 horas para protestar contra o corte de salários, aposendorias e investimentos promovido pelo governo grego.

A manifestação ocorreu sem incidentes e reuniu entre 35 mil e 50 mil pessoas. “Nós estamos muito satisfeitos com o comparecimento”, disse Stathis Anestis, porta-voz da central sindical GSEE, que representa trabalhadores do setor privado.

As duas maiores centrais sindicais do país são a GSEE e a ADEDY, que representa o setor público. Ambas convocaram a greve de 24 horas – a quarta dessas centrais no ano.

As reformas são parte de um programa de austeridade de três anos, adotado pelo governo como contrapartida a um pacote de ajuda de R$ 250 bilhões fechado com a União Europeia e o Fundo Monetário Internacional (FMI).

A greve é o primeiro grande protesto no país desde 5 de maio, quando cerca de 100 mil pessoas foram às ruas.

Novas greves

“As pessoas continuarão a fazer greve se a política do governo continuar a recair sobre trabalhadores e pensionistas”, disse Giorgos Foutras, um trabalhador do setor de cimento, de 34 anos.

Uma pesquisa de opinião publicada no domingo pelo jornal Proto Thema afirmou que, para 90% dos gregos, os políticos do país são os culpados pela crise econômica.

Em 9 de maio, uma pesquisa no mesmo jornal afirmava que, para 51,4% dos consultados, a crise econômica exigiria mais sacrifícios.

O presidente da ADEDY, Spyros Papaspyros, prometeu uma manifestação contra as reformas previdenciárias no próximo dia 29.

Fontes do GSEE previram outra greve para junho, quando essa reforma deve seguir para votação no Parlamento.

Da redação com Agência Estado