Diferente de presidente chilena, Lula deve conseguir transferir popularidade a Dilma, diz agência italiana

"Existe a transferência pelo fato de que o governo teve êxito em fazer uma melhoria econômica muito grande no país e também tem recorde de aprovação internacional, e isso influi"

 O frustrado caso chileno nas eleições presidenciais, onde a mandatária Michelle Bachelet não conseguiu transferir ao candidato governista o seu alto índice de apoio popular, não deve se repetir no Brasil, aponta o representante da CNT/Sensus Ricardo Guedes.

Em declarações à ANSA, Guedes esclareceu que “o caso brasileiro é específico, aqui não pode se aplicar o exemplo das eleições chilenas, são situações bem distintas”.

Ainda segundo Guedes, no Brasil “existe a transferência pelo fato de que o governo teve êxito em fazer uma melhoria econômica muito grande no país e também tem recorde de aprovação internacional, e isso influi”.

A comparação se deve justamente porque o presidente Luiz Inácio Lula da Silva — assim como fez a coalizão governista chilena Concertación por la Democracia — tenta transferir sua alta popularidade à ministra-chefe da Casa Civil, Dilma Rousseff, que é pré-candidata do PT à Presidência.

No entanto, no Chile, com cerca de 80% de aprovação popular, Bachelet viu o candidato do governo, Eduardo Frei, perder para o empresário Sebastián Piñera, da Coalizão pela Mudança.

Com a derrota, esta será a primeira vez em 20 anos que a Concertación não administrará o país. Piñera, um dos homens mais ricos do Chile, assumirá a presidência no próximo dia 11 de março.

Ansa