Mundo repudia golpe de Estado

No último domingo, Honduras reviveu cenas de terror comuns na América Latina nas décadas de 1960 e 1970. Com apoio do Judiciário e do Legislativo, as Forças Armadas prenderam e deportaram o presidente eleito Manuel Zelaya, decretando toque de recolher no País.
O objetivo declarado do golpe foi barrar a consulta nacional proposta por Zelaya sobre a possibilidade de convocar uma Assembleia Constituinte que abriria a porta para sua reeleição.
O novo governo, porém,assumiu enfatizando a necessidade de barrar o “socialismo” que Zelaya estaria buscando. O ex-presidente defende-se dizendo que a nova Constituição daria voz aos pobres, 70% da população do País.
Diferentemente do que ocorreu em outras décadas, o golpe foi condenado por todos os países do mundo, que também exigem o retorno de Zelaya ao poder.
A recusa de reconhecimento internacional colocou o novo governo em um limbo diplomático considerado um teste para as aventuras golpistas deste século.
Ontem, os atos em favor do Zelaya acabaram em conflitos com a polícia, que usou gás lacrimogêneo e jatos de água para expulsar os manifestantes da sede da Presidência.
O presidente deposto planeja retornar amanhã a Honduras para reassumir seu cargo.