Mídia manipula informações sobre levantes populares na África e Oriente

Dezenas de milhares de partidários da oposição no Iêmen ocuparam nesta quinta-feira as ruas da capital do país, Sanaa, para pedir reformas democráticas.

O Iêmen é a sétima nação do Oriente Médio e Norte da África abalada por levantes populares contra ditaduras que oprimem seus povos há décadas.

As revoltas começaram na Tunísia, em dezembro, onde derrubaram o presidente Bem Ali, e se espalharam pela região. A seguir obrigaram o rei da Jordânia a dissolver o governo.

Prosseguiram, provocando a queda do Ministério no Líbano e a promessa de eleições na Cisjordânia e Faixa de Gaza. Novos atos estão marcados na Síria e o Egito prossegue convulsionado.

Essa revolução que acontece no Oriente Médio e Norte da África não tem comando definido. É feita por homens e mulheres, jovens e idosos, classe média e trabalhadores que pedem democracia, o fim do arbítrio e liberdade.

Parte da mídia, no entanto, insiste em anunciar a ameaça de um governo islâmico na região – ligando de forma maldosa islamismo e terrorismo.

Essas falsas análises servem a governos e empresas, especialmente à indústria do petróleo, que usam falsas ameaças para manter regimes que atendam seus interesses.

Quem se opõe é integrado ao “eixo do mal” – caso de Cuba, Irã, Coreia do Norte, Venezuela – e classificado como ditadura.

O que estes governos e empresa temem é o aparecimento na região de governos não ligados à religião, democráticos, de grande participação popular, e que não estejam dispostos a submeter-se aos interesses estratégicos das grandes potências.

Da Redação