40 mil parados e milhares vão às ruas no ABC!

Metalúrgicos do ABC pararam ontem para defender a pauta da classe trabalhadora no Dia Nacional de Luta convocado pela CUT e marcado por manifestações em todo o país.

Quarenta mil metalúrgicos do ABC pararam ontem em mais de uma dezena de empresas da base, para defender a pauta da classe trabalhadora no Dia Nacional de Luta convocado pela CUT e marcado por centenas de manifestações em todo o País.

Parte da companheirada foi às ruas e, junto ao movimento popular que encampou as propostas, formou uma grande atividade de massas, que reuniu milhares de trabalhadores em cinco passeatas por São Bernardo.

Na pauta o plebiscito sobre a reforma política, fim do fator previdenciário, democratização dos meios de comunicação, rejeição do projeto que aumenta a precarização no trabalho, reforma tributária, redução da jornada para 40 horas, 10% do orçamento da União para a saúde do Brasil, 10% do PIB para a educação pública e redução da tarifa dos transportes sem corte nos gastos sociais.
 
Marcha pela Anchieta

Todas as passeatas saíram pouco antes das 8h da Scania, Volks, Ford, Toyota e Mercedes. Duas horas e meia depois, se juntaram no Paço de São Bernardo para um ato político de 30 minutos, que teve o apoio de seis caminhões de som, muitas faixas, mais de mil bandeiras e 1 km de tecido verde, amarelo e vermelho.

Para chegar ao ato, os trabalhadores na Scania e na Volks se reuniram e caminharam pela Anchieta no sentido São Paulo.

O mesmo ocorreu com os companheiros na Ford e Mercedes no sentido Santos, enquanto uma coluna subia a Avenida Piraporinha a partir da Toyota e Arteb junto aos companheiros de diversas empresas.

Entre outras categorias que também participaram químicos, vidreiros e bancários, trabalhadores da Atento, organizados pelo SinTetel, do Siemaco, que reúne companheiros em terceiras e das centrais sindicais Conlutas e UGT.

Fator previdenciário

Tanto o presidente do Sindicato dos Metalúrgicos do ABC, Rafael Marques, quanto o presidente nacional da CUT, Vagner Freitas, que puxavam a marcha dos trabalhadores, deram especial atenção nos discursos à necessidade de uma reforma política para o País.

“As transformações que as ruas pedem não são possíveis sem as reformas necessárias, como a reforma política e tributária, além do fim do fator previdenciário”, destacou Rafael. “Apresentamos nossa pauta em março com reivindicações dos trabalhadores e queremos que seja cumprida”, prosseguiu.

Ao final, o presidente do Sindicato incentivou os trabalhadores presentes no ato a se encaminharem à Avenida Paulista, na capital, para participar do ato promovido pelas centrais sindicais. Dez ônibus levaram os companheiros para participar da manifestação.

Da Redação