Categoria metalúrgica já totaliza quase 2,5 milhões de trabalhadores (as) no Brasil

Levantamento da Subseção do Dieese da CNM/CUT e FEM/CUT mostra que nos quatro primeiros meses do ano foram gerados 53 mil novos postos de trabalho

A categoria metalúrgica já soma quase 2,5 milhões de trabalhadores (as) no Brasil. A informação consta de estudo da subseção do Dieese da CNM/CUT e da FEM/CUT. De acordo com o levantamento, este total refere-se ao mês de abril e representa uma elevação de 2,2% nos postos de trabalho no ramo metalúrgico, em relação a dezembro de 2012.

O estudo do Dieese foi feito com base na RAIS (Relação Anual de Informações Sociais) e no CAGED (Cadastro Geral de Empregados e Desempregados) e indica que, ao longo dos quatro primeiros meses de 2013, foram criados quase 53 mil novos empregos na indústria metalúrgica, principalmente nas regiões Sul e Sudeste do país. Isso equivale a 9,7% do total de 550 mil postos de trabalho gerados no Brasil nos quatro primeiros meses do ano.

De acordo com a divisão de setorial adotada pela Confederação Nacional dos Metalúrgicos da CUT, os setores automotivo, siderúrgico e de outros materiais de transporte haviam perdido mais de três mil trabalhadores cada no transcorrer de 2012. Mesmo assim, em 2012 o saldo do ramo como um todo foi positivo em 0,4%, o que representou elevação de 9.787 postos de trabalho.

Segundo o levantamento da Subseção do Dieese, nos quatro primeiros meses de 2013 três setores destacaram-se por contratar acima da média nacional:

* Naval: seguindo a tendência verificada em 2012, o setor continua expandindo o número de ocupados: em 2013 o total de trabalhadores cresceu 6,4%;

* Automotivo: após encerrar 2012 com saldo negativo (-0,7%), o setor passou a contratar em 2013.  São mais de 17 mil novos trabalhadores, 3,2% a mais que o ano anterior; e,

* Máquinas e Equipamentos: entre janeiro e abril o setor registrou a contratação de quase 12,5 mil metalúrgicos, o que representa variação de 2,3% frente ao ano passado.

Já a distribuição dos postos de trabalho do ramo metalúrgico continua revelando grande concentração nas regiões Sudeste (63,0%) e Sul (25,0%) que juntas representam 88% do total de ocupados (as), seguidas pelo Nordeste (5,5%); Norte (4,3%) e Centro Oeste (2,1%).

O estudo aponta ainda onde foram gerados os novos empregos:

* O Sul foi a região que mais contratou (29.143 trabalhadores), seguido do Sudeste (com saldo positivo de 19.912);

* Na região Sul, mais da metade dos novos postos de trabalho foi gerada no Rio Grande do Sul, responsável por 14.167 empregos;

* O Norte e Nordeste foram as regiões geográficas que apresentaram perda de emprego em alguma Unidade da Federação (UF). As demais registraram contratação em todas as UFs; e

* Dentre as UFs que registram saldo negativo em 2013, o destaque fica para o Maranhão com a perda de 600 postos de trabalho.

Da CUT